Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás

Em visita a Angola, a Presidente da Namíbia, Nandi Ndaitwah Netumbu, efectuou, na tarde de 9.04, uma visita à base da Sonils, acompanhada pelo Ministro dos Recursos Minerais Petróleo e Gás angolano, tendo se inteirado sobre o funcionamento da base logística da indústria petrolífera.

Diamantino Azevedo referiu que o acto abre caminho para um novo impulso na parceria estratégica entre Angola e a Namíbia, com benefícios mútuos. “A visita da senhora Presidente da Namíbia para se aperceber melhor da capacidade que temos aqui na Sonils, porque uma das componentes da cooperação que estamos a desenvolver é a possibilidade de a Sonangol ajudar a desenvolver uma base logística similar à nossa lá, cooperando com a NAMCOR", explicou o governante.

A visita da Estadista aconteceu na sequência de trabalhos iniciados em Janeiro deste ano, quando uma delegação namibiana, liderada pelo Ministro das Minas e Energia, Tom Alweendo, esteve em Angola para observar de perto as operações da Sonils e promover a troca de experiências.

A SONILS (Sonangol Integrated Logistic Services) é uma empresa de logística em Angola, localizada no Porto de Luanda, que fornece serviços à indústria petrolífera do país.

**O Secretário de Estado para o Petróleo e Gás, José Barroso, recebeu, em audiência, esta quinta-feira, 8, o enviado do Comércio do Governo Britânico, Calvin Bailey, o Embaixador do Reino Unido em Angola, Bharat Joshi e o Director Nacional do Departamento de Comércio e Investimentos, Hélder Sampaio, para discutir oportunidades de colaboração entre Angola e o Reino Unido.**

De acordo com o Director Nacional dos Recursos Minerais, presente no encontro, foram abordados aspectos ligados a oportunidades de investimento no Corredor do Lobito, com destaque para iniciativas que possam impactar positivamente a situação económica e social das comunidades locais. Paulo Tanganha disse também que foram igualmente analisados assuntos atinentes à cooperação académica, a partir de instituições britânicas como a Camborne School of Mines (CSM) e University of Aberdeen, reconhecidas pela formação de profissionais especializados em mineração e em actividade geológica e mineira no fundo do mar, respectivamente.

“Para nós, é de grande valia, não apenas pela formação técnica dos nossos quadros, mas também pela necessidade de rever as questões legais que regulamentam a actividade mineira onshore no nosso país”, afirmou o responsável, acrescentando que, durante o encontro, os representantes britânicos expressaram interesse em colaborar na modernização do Caminho de Ferro de Moçâmedes (CFM) e no desenvolvimento de um procjeto de hidrogénio verde, em parceria com o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Energias Sustentáveis (CPD) da Sonangol no Cuanza-Sul.

A obra, da autoria de José Rebelo e António Pinho, detalha as várias etapas, desde os primórdios até à primeira descoberta de petróleo, em 1955, no Benfica, em Luanda.

De acordo com Marcelo Ribeiro, que apresentou a livro, esta quinta-feira, 8, no Auditório Albina Assis, a ideia surgiu da curiosidade dos dois especialistas que vivenciaram o grande desenvolvimento da actividade petrolífera em Angola, a partir do início do ano 1960.

A base da pesquisa foram os arquivos dispersos e relatórios técnicos encontrados no Instituto de Investigação Científica de Angola, nos "Arquivos de Angola" (Compilação e publicação em Angola nos anos de 1960), bem como estudos e relatórios da Sinclair, empresa de petróleo americana que foi operadora em nome da Companhia do Petróleo de Angola, no início do século XX.

"Vasculhamos velhos documentos, fomos impelidos a querer saber mais no nevoeiro que cobre o passado de Angola e da África Subsariana até à primeira metade do século XX", referiu o co-autor.

No seu pronunciamento, o Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás considerou os autores como "testemunhas e protagonistas de um sector que moldou a história económica, social e política de Angola".

Diamantino Azevedo reconheceu o valor histórico e pedagógico da obra, afirmando que o livro é mais do que um registo, é um legado, uma obra de referência que dignifica o conhecimento e enriquece o debate sobre o desenvolvimento do nosso sector e do nosso País.

"Valorizemos este livro. Que ele inspire debates, políticas públicas e vocações futuras. Porque só quem conhece o seu passado tem condições objectivas para transformar o seu destino", apelou o governante.

Ana Rebelo, filha de José Rebelo, disse, na ocasião, que a obra teve uma forte recepção. “O livro, em Portugal, teve algum interesse, mas não tanto como em Angola, onde as pessoas, de facto, estão interessadas em saber dos primeiros passos da indústria extractiva.”

O acto foi testemunhado por funcionários e representantes de empresas do sector.

O Acordo de Gestão, Partilha de Rendimentos e Cumprimento de Obrigações Fiscais relativo à exploração do Bloco 14/23, situado na Zona Marítima Comum de Interesse (ZIC), entre a República de Angola e a República Democrática do Congo (RDC) foi aprovado por via do Decreto Pesidencial n.º 89/25, de 23 de Abril.

O mesmo resulta do Protocolo de Cooperação assinado entre os dois países em 2007 e reforça o compromisso bilateral, reafirmado a 13 de Julho de 2023, com a celebração de um novo instrumento jurídico que define os princípios de governança e gestão da área petrolífera partilhada, rubricado em Kinshasa, pelo Ministro Diamantino Azevedo (Angola) e Didier Ntubuanga (RDC).

Aceda o documento na íntegra através do link:

https://sys.portais.gov.ao/uploads/Decreto_Presidencial_Protocolo_Exploracao_Zona_Maritima_Interesse_Comum_ZIC_RPA_RDC_23_Abril_2025_e0c2380520.pdf

A obra é fruto de uma investigação conduzida ao longo de uma década por duas figuras seniores do sector — José Fragoso Rebelo (ex-Diretor-Geral da Fina Petróleos de Angola, quadro superior da Total e da Galp) e António Correia de Pinho (ex-Director-Geral da Texaco em Angola e no Brasil) — que retrata história da indústria petrolífera angolana.

O livro que será lançado a 8 de Maio, no Auditório Albina Assis, é também uma narrativa viva, com episódios pouco conhecidos e revela o envolvimento estratégico de figuras como Norton de Matos, cuja visão e entendimento dos contratos petrolíferos marcaram a época.