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Intervenção do Ministro Diamantino Azevedo, na Gala do Prémio Catoca de Jornalismo,17.04.25

Governo 19-06-2025
MESA-REDONDA DE LUANDA FORJA ESTRATÉGIA PARA DIAMANTES NATURAIS

Os ministros dos recursos minerais de Angola, Botswana, África do Sul, República Democrática do Congo e Namíbia reuniram, a 18 de Junho, em mesa-medonda ministerial sobre diamantes naturais, presidida pelo titular angolano dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás de Angola. “Diamantes Naturais: Desafios e Oportunidades” foi o lema do encontro realizando num dos hotéis de Luanda.

Na ocasião, Diamantino Azevedo contextualizou a actual conjuntura do mercado das pedras preciosas, afirmando que desde 2022, que os mercados globais enfrentam uma série de perturbações. "As alternativas sintéticas, particularmente os diamantes produzidos em laboratório, têm vindo a ganhar terreno, sobretudo em mercados consumidores-chave como os Estados Unidos da América e a China”, mas salientou que “em cada desafio reside uma oportunidade”.

Destacando o papel central da África na indústria, o ministro recordou que o continente é responsável por mais de 65% da produção mundial de diamantes em bruto. Contudo, destacou que “a verdadeira medida da nossa riqueza não está na quantidade de quilates extraídos, mas sim no valor que retemos, nos futuros que construímos e na dignidade que preservamos”.

Angola, segundo Diamantino Azevedo, tem dado passos firmes rumo à modernização e valorização do sector. E
avançou que em 2024, o país produziu mais de 14 milhões de quilates, alcançando 96% da sua meta nacional. “Inaugurámos a Mina de Diamantes do Luele com uma das maiores reservas do mundo e estamos a expandir o Pólo de Desenvolvimento de Diamantes de Saurimo com a adição de 19 novas fábricas [de lapidação]”, apontou como destaques. Adicionalmente, informou que o país está a preparar-se para a criação da Bolsa de Diamantes de Angola e a integração formal no Natural Diamond Council.

Dirigindo-se aos seus homólogos africanos, Diamantino Azevedo apelou à união estratégica dos países produtores: “Chegou o momento para os países africanos produtores de diamantes falarem a uma só voz para defenderem aquilo que legitimamente lhes pertence e moldarem uma narrativa global que reflicta a nossa verdade e o nosso imenso potencial.”

Durante a reunião, os ministros presentes apresentaram as suas reflexões estratégicas e compromissos concretos para reforçar a posição do continente na cadeia de valor global dos diamantes naturais. As intervenções convergiram em torno da necessidade de cooperação continental, rastreabilidade, modernização industrial e uma narrativa comum que valorize os diamantes africanos como bens éticos, autênticos e motores de desenvolvimento.

Bogolo Joy Kenewendo, Ministra dos Minerais e Energia da República do Botswana, apelou à união entre os países produtores: “Queremos pedir a todos, que não deveríamos competir entre nós. Para isso, precisamos de criar uma estratégia global para promover os nossos recursos. Nós somos a origem dos diamantes naturais, não somos contadores de histórias.”

Por sua vez, Kizito Pakabomba sublinhou o valor transformador deste recurso para o seu povo. “O diamante natural não é apenas um bem de luxo, mas um caminho para o desenvolvimento de muitos cidadãos congolenses. A RDC expressa a sua prontidão para colaborar no Acordo de Luanda. Acreditamos que o esforço colectivo vai permitir fortalecer a indústria diamantífera africana e garantir que o diamante natural continue a brilhar”, reforçou o titular da pasta das Minas da República Democrática do Congo.

Gwede Mantashe, Ministro dos Recursos Minerais e Petróleos da República da África do Sul, destacou a necessidade de uma comunicação mais robusta. “O marketing sobre os diamantes naturais é necessário. Os produtores devem contribuir, se quisermos ter sucesso”, disse.

Por fim, Gaudentia Khrone, Vice-Ministra das Indústrias, Minas e Energia da República da Namíbia, frisou os benefícios concretos que a indústria diamantífera tem dado, detalhando que “6,6% do PIB anual provém da produção de diamantes naturais e estas receitas têm sustentado a construção de infra-estruturas, impulsionado investimentos públicos, ajudando na educação e, consequentemente, promovendo a empregabilidade”, finalizou.

Ao longo das sessões de trabalho foi discutido o futuro da indústria diamantífera, com especial ênfase ao contexto geopolítico e económico, evolução dos hábitos de consumo, desafios impostos pelos diamantes sintéticos e a necessidade crescente de rastreabilidade e promoção.

A Mesa-Redonda Ministerial resultou na assinatura do Acordo de Luanda, documento que reafirma o compromisso dos Estados participantes em promover uma indústria diamantífera ética, transparente e alinhada com os desafios e oportunidades do século XXI. Foram signatários do acordo o Ministro Diamantino Azevedo, a Ministra Bogolo Joy Kenewendo (Botswana), o Ministro Kizito Kapinga Mulume (RDC), o Ministro Gwede Mantashe (África do Sul), a Vice-Ministra Gaudentia Krohne (Namíbia) e os representantes da Gem & Jewellery Export Promotion Council da Índia (GJEPC), o Antwerp World Diamond Centre (AWDC), a De Beers e a African Minerals & Commodities Centre (AMCC).

Participaram também na actividade, o corpo directivo do MIREMPET e as suas empresas tuteladas, bem como algumas das mais proeminentes organizações do sector diamantífero a nível mundial, nomeadamente o Natural Diamond Council (NDC).

Fonte: MIREMPET
Governo 18-06-2025
PRODUTORES AFRICANOS DE DIAMANTES BUSCAM “ACORDO DE LUANDA”

“A indústria do diamante natural está num ponto de inflexão. Estamos a navegar numa paisagem global complexa, mudanças nas preferências do consumidor e o surgimento de alternativas sintéticas. A competição pela atenção do consumidor nunca foi tão acirrada. Se não contarmos nossa história — com clareza, convicção e consistência — outros a definirão por nós”.

A declaração é do Ministro Diamantino Azevedo, a 17 de Junho, em Luanda, no jantar oficial com os Ministros responsáveis pelo Sector de Recursos Minerais dos principais países africanos produtores de diamantes, nomeadamente Botswana, Namíbia, África do Sul e República Democrática do Congo, que participam na Mesa-Redonda sobre Diamantes Naturais, que acontece a 18 de junho.

O governante angolano avançou que Angola tomou a decisão de acolher esta Mesa Redonda Ministerial por acreditar que este momento exige mais do que análise. Exige acção.

“Só juntando-nos - países produtores, líderes da indústria, comerciantes e fabricantes - podemos enfrentar este desafio. Somos mais fortes quando agimos juntos”, ressaltou o Ministro.

Diamantino Azevedo anunciou também que, durante a Mesa-Redonda, será formalizado um acordo, denominado “Acordo de Luanda”, que visa um financiamento que permitirá ao Conselho de Diamantes Naturais expandir o seu trabalho, alcançando mais mercados, educando mais retalhistas e inspirando mais consumidores.

“O Acordo de Luanda não será apenas para governos e produtores. Inclui também os comerciantes e fabricantes intermediários. Entendemos que cada parte da indústria está sob pressão, mas também sabemos que o esforço partilhado traz recompensas partilhadas”, esclareceu o Ministro.

Participaram do jantar oficial, os Secretários de Estado para os Recursos Minerais e para o Petróleo e Gás e representantes de empresas da indústria diamantífera, nacionais e internacionais.

No link abaixo, poderá aceder o discurso completo do Ministro Diamantino Azevedo:
https://sys.portais.gov.ao/uploads/DISCURSO_MINISTRO_DIMANTINO_AZEVEDO_ANTE_CAMERA_MESA_REDONDA_DIAMANTES_17_06_2026_c01e8a0c45.pdf

Fonte: MIREMPET
Governo 15-06-2025
MIT E SNL: UMA PARCERIA COM IMPACTO NO PRESENTE E NO FUTURO DE ANGOLA

Por: Diamantino Pedro Azevedo

Sexta-feira, 13 de Junho de 2025, em Boston, vivi uma experiência que reforçou a minha convicção de que a ciência, a inovação e o conhecimento são pilares incontornáveis para o desenvolvimento sustentável de Angola.

Visitar o Massachusetts Institute of Technology (MIT) é entrar num ecossistema de excelência, onde se respira criatividade, rigor e colaboração global. Nos corredores e laboratórios desta prestigiada instituição, testemunhei como a investigação aplicada está intimamente ligada aos desafios reais da humanidade: energia limpa, inteligência artificial, infraestrutura resiliente, clima, saúde e transformação digital.

Foi neste contexto que tivemos a honra de formalizar dois instrumentos contratuais entre a Sonangol E.P. e o MIT: o MIT Industrial Liaison Program (MIT-ILP) e o programa MIT África. Estes acordos representam um marco estratégico nas relações entre Angola e um dos centros de conhecimento mais avançados do mundo.
O MIT-ILP permitirá à Sonangol interagir directamente com centros de investigação do MIT em áreas cruciais como recursos minerais, energia, engenharia e infraestrutura, acelerando a inovação no sector petrolífero e na transição energética.

Por sua vez, o MIT África engloba dois programas concretos: o “Global Classroom” e o “Global Teaching Labs”, ambos focados na partilha de conhecimento, formação de quadros, investigação conjunta e mentoria académica. Através destes mecanismos, Angola poderá beneficiar de metodologias pedagógicas inovadoras e de experiências colaborativas que valorizam o talento nacional e promovem a internacionalização do nosso ensino superior. Entre as instituições angolanas que irão beneficiar directamente desta cooperação destacam-se o Instituto Superior Politécnico de Tecnologias e Ciências (ISPTEC) e o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Sonangol (CPD), que estarão na linha da frente na implementação destes programas inovadores.

A cerimónia de assinatura contou com a presença de uma delegação angolana de alto nível, composta por presidentes de conselhos de administração de empresas públicas, administradores e quadros seniores do sector. Os documentos foram assinados pelo Engenheiro Sebastião Gaspar Martins, PCA da Sonangol E.P., e pelo Dr. Glen Shor, Vice-Presidente Executivo e do Tesouro do MIT.

Estes acordos são mais do que protocolos: são compromissos com impacto concreto a curto, médio e longo prazos, nos domínios da formação avançada, investigação científica, desenvolvimento tecnológico, transição energética, descarbonização e inovação industrial.

Acredito que o futuro de Angola se constrói com base em conhecimento, em parcerias sérias e em visão estratégica. A visita ao MIT confirmou que estamos no caminho certo. Com humildade, mas também com ambição, estamos a posicionar o nosso país como um parceiro relevante no mapa global da ciência e da tecnologia.

O MIT mostrou-nos que é possível transformar ideias em soluções, e essas soluções em progresso. O que vimos em Boston inspira-nos a continuar a construir uma Angola mais capacitada, mais resiliente e mais preparada para liderar o seu próprio desenvolvimento.

Fonte: MIREMPET

mirempet.gov.ao Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás

DIAMANTINO PEDRO AZEVEDO



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Título do Evento: Mesa Redonda Ministerial sobre a Promoção de Diamantes Naturais

Organizador: MIREMPET

Local: Luanda, Hotel Intercontinental, 8h00

Data: De 18/06/2025 à 2025-06-18


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