No primeiro semestre de 2024, o Subsector Diamantífero arrecadou aproximadamente USD 608,84 milhões, resultado da comercialização de 3.18 milhões de quilates a um preço médio de USD 191 milhões por quilate, cujos destinos foram os Emirados Árabes Unidos (86,411%), Bélgica (13,533%) e Botswana (0,056%).

Os dados foram avançados esta quarta-feira, 4, no MIREMPET, pelo Director de Operações Mineiras e Gestão de Participações da Endiama, Miguel Vemba, durante apresentação do Balanço das Realizações da Produção, Comercialização e Exportação de Diamantes referente ao primeiro Semestre de 2024. A produção registou um decréscimo de 20% face ao PDN, com um total de 5.66 milhões de quilates recuperados contra 6.98 milhões planeados. 

Relativamente às contribuições fiscais, o representante da Endiama disse que houve um acréscimo de 3% das receitas em royalties e impostos, face ao período homólogo, com um total de USD 45.55 milhões. Quanto à força de trabalho, actualmente, o Subsector conta com 22.927 colaboradores, sendo 18.316 directos e 4.611 indirectos. Para o 2º Semestre, prevê-se a produção de 8.8 milhões de quilates de diamantes.

No âmbito da responsabilidade social foram investidos USD 144,5 milhões, sendo USD 105,4 milhões  na área de educação e formação técnico-profissional, USD 17,4 milhões em infraestruturas sociais-comunitárias, USD 11,6 milhões no desporto, USD 160,8 mil no Sector da Saúde e USD 843,9 mil no desenvolvimento comunitário. 

Ao proceder a abertura do evento, o Secretário de Estado para os Recursos Minerais, Jânio Correia Victor, esclareceu que "nos últimos anos, o mercado internacional tem-se apresentado de forma volátil, caracterizado por baixos preços do diamante natural bruto, resultantes da desaceleração económica mundial e da diminuição da procura, excesso de stocks e crescente popularidade dos diamantes sintéticos”. 

O governante referiu que "o fortalecimento do quadro jurídico-legal e a melhoria do ambiente regulatório também têm sido fundamentais para atrair investimentos para este subsector e estando esses esforços alinhados com os objectivos e prioridades definidos no PDN 2023-2027, bem como com outros instrumentos de planeamento e governança do país”.