"Fazem-se vários mapas que ninguém consegue interpretar, gasta-se muitos recursos financeiros, mas não se vêem os resultados práticos do contributo das geociências na melhorais da população,” disse o Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, esta quinta-feira 15, no encerramento da 15ª Assembleia das Organizações dos Serviços Geológicos Africanos (OAGS).
Na ocasião, Diamantino Azevedo apelou à necessidade de melhorar a forma de actuação dos serviços fornecidos pelas geociências de forma prática, para que a população sinta a sua utilidade. O ministro citou o primeiro Presidente de Angola, Agostinho Neto, que dizia "o mais importante é resolver os problemas do povo”.
O governante orientou a utilização correcta dos mapas, porque estas ferramentas podem permitir a descoberta do sistema de água subterrâneas, numa determinada região, e garantir água potável para as populações.
"Devemos incutir nos jovens ligados às geociências, que não basta gostar de computadores e internet. Énecessário olhar para as questões práticas e simples do campo,” aconselhou, tendo sublinhado a importância de saber interpretar as anomalias, ocorrências, depósitos e tudo que o mapa mostra.
O ministro reiterou que o Plano Nacional de Geologia não constituiu apenas descobertas geológicas, mas também contribuiu na construção de infra-estruturas geológicas, na formação de jovens angolanos que já têm contribuído na atracção de investimentos.
Diamantino Azevedo recordou que o governo angolano financiou o Plano Nacional de Geologia na sua totalidade.
"Em África, temos dificuldades em conseguir financiamento para a ciência, a investigação e a formação,” constatou.
Do ponto de vista do ministro, todas as infra-estruturas geológicas e de formação, os laboratórios, bem como a experiência que Angola tem no sector mineiro, estão disponíveis para todos os países africanos.
O evento foi realizado pelo Instituto Geológico de Angola (IGEO) e a OAGS, em Luanda, de 15 a 17 do corrente mês.