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Reportagem
14 Maio de 2021

JOVENS ANGOLANOS DÃO CORPO À MINERAÇÃO

Jovens angolanos que trabalham no Projecto de mineração de ouro de Chipindo, que fica a 400 km do Lubango e 170 da cidade do Huambo e partilham as suas experiências.

Jovens angolanos que deixaram o conforto da cidade para trabalhar no Projecto de mineração de ouro de Chipindo, que fica a 400 km do Lubango e 170 da cidade do Huambo.

Casemiro Zereferino, 24 anos de idade, natural do Lubango e com a família em Caluquembe, conseguiu o seu emprego como "bateador" há seis meses. 

O seu trabalho consiste em retirar amostras de mineral e testá-las antes da extracção. Diz que recebeu uma proposta da DEMANG e não vacilou. "Aceitei e hoje sustento condignamente a minha família".

Manuel é outro jovem. Tem 26 anos e quase um ano de trabalho. É também o seu primeiro emprego que diz "valorizar como um bem a não perder". Nasceu no Chipindo onde tem a familia. "O emprego valorizou-me na família e na sociedade. Aqui aprendemos todos os dias", diz o técnico da central de tratamento de minério.

Amilton da Cunha é de Benguela e tem 34 anos. Há dois meses encontrou trabalho no Chipindo, na empresa mineira em que é operador de escavadeira.  "É uma experiência nova e prazerosa", diz, acrescentando que só ele e a família conseguem descrever o valor do seu emprego.

Todos dizem-se felizes, orgulhosos da decisão tomada e do trabalho que fazem.
"Apelamos aos demais jovens que estudem, se foquem e olhem para longe da cidade".
Jamila Kiteculo, 28 anos, é Geóloga de Produção, única mulher no projecto com essa responsabilidade que consiste em "orientar o desmonte do estéril até atingir o minério, preparar as bancadas, orientar a extracção do minério, fazer blanding em função dos vários teores de mineralização", entre outras tarefas.

Jamila trabalha há menos de seis meses no Chipindo, na mesma mina que fez o seu estágio de fim de curso. 

Quando perguntada se "não a incomodava o facto de uma jovem trabalhar noventa dias longe da cidade e da família para repousar duas semanas", em resposta afirmou "Nasci para ser geóloga”.

"Preparei-me desde o ensino médio para trabalhar no campo. Quando escolhi o curso tomei conhecimento e consciência de que o trabalho do geólogo é no campo, longe do conforto da cidade. É um desafio para o qual me formei e dá prazer. O meu sonho é ver a mina dominada por mulheres, darmos exemplo e mostrarmos que também podemos contribuir decisivamente para transformar o que a natureza esconde no subsolo em riqueza real", explicou.

Casemiro, Manuel, Amilton e Jamila dizem-se felizes, orgulhosos da decisão tomada, do trabalho que fazem e apelam aos demais jovens que estudem, se foquem e olhem para longe da cidade.


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