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Petróleo e Gás
15 Dezembro de 2021

DIAMANTINO AZEVEDO PRESIDE APPO EM 2022

O Ministro angolano dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, foi eleito, por unanimidade, para presidir a Organização de Países Africanos Produtores de Petróleo, durante o ano de 2022

O Conselho de Ministros da Organização de Países Africanos Produtores de Petróleo (APPO) elegeu, por unanimidade, o Ministro angolano dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, para presidir a organização durante o ano de 2022 e o Ministro das Águas e Minas do Benin, Samou Seidou Adambi, como Vice-Presidente.


A eleição aconteceu durante a 41ª reunião ordinária da APPO realizada terça-feira, 14.12.2021, por videoconferência, presidida pelo Presidente da Organização e Ministro das Minas e Energia da República Democrática Popular da Argélia, Mohamed Arkab, onde foi analisado o Futuro da indústria de Petróleo e Gás em África à luz da busca global pela Transição de Energia.
   
Na sessão, os ministros reconheceram a realidade da mudança climática e expressaram seu apoio a todos os esforços humanos destinados a enfrentar os perigos da mudança climática. Consideraram que a abordagem actual para a transição energética é a imposição unilateral, onde os países desenvolvidos, que por mais de cem anos usaram combustíveis fósseis para fazer crescer suas economias e sociedades e sempre estiveram cientes dos perigos das emissões de combustíveis fósseis, agora dizem ao mundo que os combustíveis fósseis são perigosos para a humanidade e que todos deveriam abandoná-los.

Transição energética

Para os membros da Organização, este "impulso agressivo” para a Transição de Energia está a chegar num momento em que as economias africanas estão prestes a se lançar na industrialização, o que requer muita energia, enquanto as economias dos países desenvolvidos agora requerem menos energia devido à sua transformação da manufatura à produção de conhecimento e inteligência artificial. 

Foram identificados os desafios iminentes que a indústria de petróleo e gás enfrentará em África, na medida em que os financiadores internacionais retirem fundos para a indústria e as instituições de pesquisa de petróleo e gás nos países desenvolvidos que sempre lideraram o desenvolvimento tecnológico e estão a fechar as suas faculdades de petróleo.

Financiamento

Sobre o financiamento de projetos de energia em África, o Conselho decidiu examinar o continente em fontes públicas e privadas a fim de levantar o capital necessário para continuar a financiar a indústria de petróleo e gás. Ficou acordado que é necessário redefinir estratégias por causa das rápidas mudanças, salientando que deve-se buscar conhecimento interno, tecnologia, finanças e mercados para seus recursos energéticos.  
O Conselho notou a necessidade de infraestrutura de energia intra-africana como oleodutos transfronteiriços, depósitos de produtos e terminais, e apelou aos países tecnologicamente avançados e financeiramente capazes para darem o seu apoio aos países africanos, enquanto lutam com os desafios da transição energética, reafirmando o seu compromisso com a protecção do ambiente, sublinhando a necessidade de desenvolver tecnologias que permitam a utilização de combustíveis fósseis com pegadas de carbono mínimas. 

 No final desta sessão, ficou a determinação  da APPO de os seus países membros continuarem a exploração enormes recursos de petróleo e gás para a emancipação económica das suas pessoas ao mesmo tempo, explorando o uso das energias renováveis.

Participaram na reunião os ministros e chefes de delegação dos 14 Países Membros da APPO e outras organizações internacionais de energia. De Angola esteve o Secretário de Estado para o Petróleo e Gás, José Barroso, em representação do Ministro Diamantino Azevedo.

A próxima Sessão Ordinária do Conselho Ministerial será realizada em Angola durante o último trimestre de 2022 em data a ser comunicada pelo país anfitrião.


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