A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) procedeu, na quinta-feira, 16, em Luanda, a abertura de 53 propostas apresentadas no concurso de licitação onshore de 12 blocos petrolíferos das bacias terrestres do Baixo Congo e do Kwanza.

Para os quatro blocos da Bacia Terrestre do Congo, CON 2, CON 3, CON 7 e CON 8, foram recebidas 22. Já para a Bacia do Kwanza, a Agência recepcionou 31 referentes aos blocos KON 7, KON 10, KON 13, KON 15 e KON 19.

Na cerimónia de abertura das propostas, o Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, disse que, com estes actos, pretende-se cumprir com rigor a estratégia aprovada, tendo considerado experiência  a necessidade de se continuar a procurar petróleo.

"Com a experiência acumulada que temos, podermos continuar a procurar petróleo porque, apesar de toda a transição energética, o tema começa a deixar de ser combate contra o fim dos combustíveis fósseis, principalmente o petróleo e gás, mas sim o convívio entre as novas energias renováveis e os combustíveis fósseis", esclareceu.

O governante realçou que a tarefa do Sector é olhar para como se pode reduzir a emissão de gases de efeito estufa, como descarbonizar mais e continuar a produzir petróleo e gás porque a manutenção da qualidade de vida do planeta assim o exige, apelando a todos os envolvidos na indústria a olharem com atenção para esses temas da descarbonização e continuar a produzir, causando o mínimo possível de poluição ao ambiente. 

"Continuamos na senda de lutar por maior estabilidade na produção de petróleo no país, criando mecanismos legais, ambientais, técnicos para procurar petróleo no mar e na terra, desenvolver projetos e, acima de tudo, acrescentar cada vez mais valor a cada barril que produzirmos e isso significa incrementarmos actividades no downstream e, finalmente, transformar mais o petróleo, tanto através da refinação, petroquímica, produção da amônia e a utilização do gás para a produção de energia, cozinha e na produção de fertilizantes, aço e de outros produtos essenciais para a nossa vida cotidiana", destacou o Ministro.

 

Por sua vez, o PCA da ANPG, Paulino Jerónimo, frisou que " o acto traduziu a postura da concessionária angolana em assegurar as boas práticas no Sector, assentes na transparência, flexibilidade negocial, observância dos padrões de saúde, segurança e ambiente".

Paulino Jerónimo expressou o empenho da ANPG  em manter o país como um ponto atrativo para o investimento no sector petrolífero, com a implementação de um conjunto de reformas gizadas pelo Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás.

O processo de avaliação das propostas recebidas decorre até Dezembro e prevê-se o anúncio dos resultados em janeiro de 2024.