• "Venham Juntar-Se Ao Governo Angolano Para Construir Um Sector Mineiro Crescente E Próspero”


    O Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, lançou este convite durante o encontro Intergovernamental, à margem do Indaba Mining, Cape Town, África do Sul, nesta quarta-feira, 11.

    Sob o tema "as últimas actualizações legislativas, oportunidades emergentes e desenvolvimento contínuo: desafios regionais e perspectivas de colaboração entre os países".

    Na apresentação, o Ministro disse que no continente africano, os ministros dos recursos minerais carregam as esperanças e aspirações de uma melhor qualidade de vida para o nosso povo, especialmente as comunidades afectadas pela mineração.

    "Como ministros, não ousamos e não podemos falhar com nosso povo”, disse, explicando que por muitos anos, culpamos as forças externas pelos problemas africanos.

    "Chegou a hora de os africanos assumirem a responsabilidade e encontrarem soluções para nossos problemas. O nosso povo nos confiou esses cargos ministeriais para enfrentar seus desafios de desenvolvimento económico. Esta riqueza mineral não é uma maldição, mas uma bênção. Só é uma maldição se a administrarmos mal”. Por isso, prosseguiu, "somos chamados a ser os melhores administradores das riquezas minerais que a terra concedeu ao continente africano".

    Convidou as empresas presentes a "virem investir em Angola" que tem "vastas oportunidades para empresas de exploração e mineração e prestadores de serviços relacionados".

    Descreveu que ao longo dos últimos anos, "temos discutido em vários fóruns sobre mudanças climáticas e transição energética". Em 2020, em um relatório intitulado Mineral for Climate Action: The Mineral Intensity of the Clean Energy Transition, o Banco Mundial descobriu que "a produção de minerais, como grafite, lítio e cobalto, poderia aumentar em quase 500% até 2050, para atender à crescente demanda por tecnologias de energia limpa."

    Muitos desses minerais críticos ou de bateria, explicou, são encontrados e extraídos no continente africano.

    "A África continuará a ser um mero espectador no desenvolvimento da tecnologia de transição energética que depende de minerais de origem africana"? Questionou.

    Explicou que o continente não deveria desempenhar um papel significativo no desenvolvimento dessas tecnologias baseadas em minerais.

    "É nossa opinião considerar que não pode haver uma acção climática mineral sem a participação africana" e Angola está disposta e pronta a participar no desenvolvimento de tecnologias para mitigar o impacto das alterações climáticas, evidenciou, acrescentando que "estamos no processo de desenvolver a capacidade institucional necessária. "Estamos determinados a desempenhar o nosso papel".

    Convidou os colegas africanos a juntarem-se àquilo que considerou de "jornada tecnológica”.