O Secretário de Estado para o Petróleo e Gás, José Alexandre Barroso, falou sobre a preocupação do governo angolano em implementar a transição energética, realçada pelo Presidente João Lourenço, na cimeira do clima (COP 26), e defendeu a "harmonização” deste objectivo com a contínua exploração e produção de petróleo e gás para sustentabilidade da economia nacional.
O governante que falava nesta terça feira, 23.11.2021, em Luanda, na abertura da segunda conferência sobre Tecnologias e Serviços na Indústria de Petróleo (AOTC), organizada pela Associação das Empresas Contratadas da Indústria Petrolífera de Angola (AECIPA), defendeu que a transição energética deverá servir também para que empresas tecnológicas internacionais criemjoint-venturescom parceiros nacionais, de modo a acompanharem e beneficiarem das oportunidades de negócios que deverão surgir em toda cadeia de valor da indústria em upstream e downstream.
Para o efeito, José Barroso acredita que as empresas prestadoras de serviços poderão jogar um "papel fundamental”, desenvolvendo e trazendo para o mercado nacional equipamentos e tecnologia de última geração que garantam operações petrolíferas mais eficientes e com menos emissões de gases de estufa e que também suportem os esforços do governo para atenuar os efeitos do declínio acentuado da produção.
Conteúdo local
O Secretário de Estado lembrou, na ocasião, o conteúdo local é um tema da responsabilidade da concessionária nacional ANPG (Agência Nacional de Petróleo e Gás) , e doverá constituir-se "meio privilegiado” para a avaliação dos planos anuais submetidos pelas sociedades comerciais e as demais sociedades que fornecem bens e prestam serviços do Sector Petrolífero.
Confirmou o registo de 232 empresas de conteúdo local que podem garantir mais de 16 mil e 500 postos de trabalho, principalmente para quadros e técnicos angolanos.
A segunda conferência da AOTC decorre de 23 a 25 de novembro do corrente ano, sob o lema "o papel do desenvolvimento da estratégia de conteúdo local, para o estabelecimento de uma cadeia de valores robusta e eficiente, que permita um apoio eficaz, ao programa de diversificação económica e crescimento socioeconómico de Angola”.