O Secretário de Estado para o Petróleo e Gás, José Alexandre Barroso, disse esta sexta feira, 24, que "a Sonangol, no decurso dos 47 anos da sua existência, tem sido uma das principais percursoras de inúmeras transformações (económicas) que ocorrem em Angola”.
De acordo com o governante que, em representação ao Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, procedeu a abertura da conferência de imprensa, realizada em Luanda, em alusão aos 47 anos da Sonangol, a reestruração do sector petrolífero redireccionou o foco da Petrolífera para o exercício da sua actividade em toda a cadeia de valor do sector petrolífero nacional, com uma visão de actuação regional e internacional alicerçadas na estratégia do Executivo angolano, para a consolidação da fileira de petróleo e gás.
"O país assiste, de um tempo a esta parte, a uma dinâmica de mudanças, com o objectivo de termos entidades corporativas com capacidade para contribuir para a sustentação da sua economia. Estamos convictos de que o impacto que a nossa petrolífera nacional teve e continua a ter na implementação e no desenvolvimento de projectos socioeconómicos em vários domínios da nossa economia é único e merece o devido destaque”, referiu o Secretário de Estado.
José Barroso disse ainda que, com o processo de regeneração, a Sonangol ressurgiu "mais ágil e melhor preparada” para implementação de programas e projectos do up-mid e downstream. Recordou que, no upstream, a empresa aprovou e deverá continuar a tomar as provisões necessárias para a implemetação da estratégia de exploração e produção, com o objectivo de aumentar para 10%, até 2027, a sua cota de produção operada e, no domínio do mid-downstream, está envolvida em projectos de refinação que visam materializar a estratégia do executivo para atingir a auto-suficiência em combustíveis até ao ano de 2027.
Para este fim, segundo o Secretário de Estado, a Sonangol deverá investir na exploração e desenvolvimento de novos campos, enquanto continua a produção e revitalização dos campos de petróleo e gás existentes nos blocos operados.
"Com a maturidade adquirida ao longo destes 47 anos, a petrolífera nacional tem enfrentado os desafios actuais com extrema sabedoria e a devida cautela, encontrando os melhores mecanismos para o cumprimento das suas metas que actualmente passam, incontornavelmente, pela adaptação das suas operações aos desafios da transição energética. Tem apresentado resultados financeiros positivos, que demonstram o engajamento do seu corpo directivo e trabalhadores, mas também a eficácia do seu novo modelo de governança”, realçou.
Na conferência de imprensa, o Presidente do Conselho de Administração da petrolífera nacional apresentou também o balanço das actividades, durante o ano 2022, dando nota que se obtiveram resultados positivos, estimados em cerca de USD 4,9 mil milhões de dólares, um volume maior de negócios de cerca de 12,6 mil milhões de dólares, incremento de 46% nos investimentos e uma redução da dívida com os seus fornecedores.
Sebastião Martins explicou que "dos dados apresentados, destaca-se o facto de a Sonangol ter registado o maior volume de negócios anual desde a sua separação da função concessionária, transferida para a Agência Nacional de Petróleo e Gás, um volume de negócios 42% acima de 2021, com um EBIDTA (resultado operacional antes de juros, impostos, depreciação e amortização) superior em 44% aos registos de 2021, instalando a perspectiva de resultados líquidos positivos”.