O Brent no mercado internacional registou, durante 1° trimestre de 2025, o preço médio de 75,728 dólares por barril. Em termos de comercialização, foram exportados aproximadamente 85,14 milhões de barris de petróleo bruto, avaliados em cerca de 6,4 mil milhões de dólares americanos.
Os dados foram anunciados esta quinta-feira, 24, no MIREMPET, pelo Secretário de Estado para o Petróleo e Gás, no acto de apresentação das realizações do mercado de petróleo bruto no periodo referenciado e das perspectivas para o 2º trimestre deste ano. No decurso da sua apresentação, José Barroso referiu que foi registada uma diminuição de 13,5% comparativamente ao 4º trimestre de 2024 e uma redução de 9,8% face ao período homólogo do mesmo ano.
"No período em análise, o valor do Brent sofreu uma constante variação de preços, resultante da redução da procura internacional; as políticas tarifárias e a expectativa do aumento das taxas de juro pela Reserva Federal dos EUA; a contracção do sector imobiliário na China, associada ao enfraquecimento do crescimento económico global; a decisão da OPEP+ de aumentar a produção de petróleo bruto em Abril, bem como as incertezas resultantes das negociações de cessar-fogo na Ucrânia e na Faixa de Gaza" explicou o governante.
As sanções impostas pelos EUA ao Irão e à Rússia, que limitaram a oferta global de petróleo; os ataques às infra-estruturas energéticas russas e ucranianas; a revogação, pela Administração Trump, da licença da Chevron para explorar petróleo na Venezuela e a aplicação de uma tarifa de 25% sobre as importações de petróleo e gás venezuelanos por países terceiros, segundo o Secretário de Estado, contribuíram também para atenuar a tendência da queda dos preços do crude, resultando numa relativa estabilidade do mercado internacional.
No que se refere ao valor bruto correspondente ao volume de petróleo exportado, o governante afirmou que houve um decréscimo de 12,65%, comparativamente ao 4° trimestre de 2024 e uma diminuição de 18% em relação ao período homólogo do mesmo ano, tendo como principais destinos, a China (com 63,80%), a Índia (10,29%), a Indonésia (6,43%), a Espanha (3,40%) e a Malásia (3,22%).
Quanto ao gás natural, o responsável esclareceu que as exportações realizadas no 1° trimestre do ano em curso totalizaram cerca de 1,1 milhões de toneladas métricas, com destaque para o LNG, com cerca de 86%. Em relação ao 4° trimestre de 2024, o Secretário de Estado afirmou que foi registada uma redução de 5,51% do volume exportado, comparativamente ao período homólogo de 2024, verificou-se um aumento de 19,27%. Esta exportação resultou na arrecadação bruta de aproximadamente 758,77 milhões de dólares norte americanos, que representa um aumento de aproximadamente 0,21% em comparação com o trimestre anterior e cerca de 87,20% em relação ao trimestre homólogo de 2024.
Finalmente, José Barroso ressaltou que este crescimento foi originado, principalmente, pela subida dos preços do LNG no mercado internacional, tendo sido exportado maioritariamente para o continente europeu, representado 92,66% do total, com a Holanda à cabeça, recebendo cerca de 42,9% do volume exportado.
Estiveram presentes no evento os representantes das empresas do Sector de Petróleo e Gás.