O Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás (MIREMPET) realizou um encontro estratégico com empresários do sector mineiro da província do Namibe, com o objectivo de reforçar parcerias locais e acelerar o desenvolvimento das cadeias produtivas ligadas aos recursos naturais.

O Governador Archer Mangueira abriu o encontro com palavras de boas-vindas, sublinhando o papel dos empresários locais como motores do progresso regional.

Na sua intervenção, o Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás destacou o dinamismo da província. “O Namibe é uma província em que sempre encontramos novidades. É com a resiliência e entrega como a vossa que o nosso país dá passos seguros rumo ao desenvolvimento. A vossa acção repudia aqueles que dizem que o país está estagnado. Que vejam o que os empresários privados estão a fazer aqui e divulguem também”, ressaltou Diamantino Azevedo, referindo-se ainda ao empreendimento privado Marlin, que produz carbonato de cálcio, como exemplo de inovação com impacto nacional.

Seguiram-se apresentações técnicas do IGEO, ANRM, ANPG e IRDP que trouxeram dados concretos e propostas de investimento. João Chimuco, Administrador da ANRM, revelou que “a província tem registado um aumento na produção e beneficiamento de rochas ornamentais, consolidando-se como referência nacional neste segmento.

"127 títulos e alvarás mineiros estão emitidos para a província do Namibe, a maioria para rochas ornamentais, entre prospecção e exploração. Do número apresentado, 63% estão operantes”, disse o responsável.

Ana Miala, Administradora da ANPG, apresentou o potencial petrolífero da Bacia do Namibe, que conta com 12 concessões atribuídas e um poço já perfurado. “O potencial da Bacia do Namibe é enorme”, afirmou, adiantando que estudos em terra serão iniciados nos próximos meses.
No domínio da responsabilidade social, destacou a construção de uma escola no município de Moçâmedes e dois projectos de água na Bibala e Virei, que totalizam 28 furos artesianos. A apresentação foi concluída com a exposição de oportunidades de negócio no sector petrolífero.

Luís Fernandes, Director-Geral do IRDP, abordou a armazenagem, transporte, distribuição e comercialização de derivados de petróleo, apelando ao licenciamento destas actividades junto do Instituto. Destacou ainda que o Namibe dispõe de capacidade para armazenar 29 milhões de litros de derivados e mais de mil metros cúbicos de gás de cozinha. “O segmento dos derivados de petróleo está liberalizado e a actividade é desenvolvida por empresários privados. Há uma demanda muito grande em termos de produção de garrafas de gás", afirmou, convidando os namibenses a investirem no negócio.

O encontro reafirma o compromisso do Executivo em tornar o Namibe um centro estratégico da indústria mineira e petrolífera, com impacto directo na geração de emprego, formação de quadros e promoção da competitividade nacional.