• PR INAUGURA PRIMEIRA FASE DO TOBD


    O Presidente da República, João Lourenço, na companhia do Ministro Diamantino Azevedo, inaugurou esta segunda-feira, 10.02, o Terminal Oceânico da Barra do Dande (TOBD).

    Trata-se do maior centro de estocagem do país, com a capacidade de armazenagem inicial de 582 mil m³ de combustíveis líquidos e gasosos, que permitirá, em situação de crise, garantir uma autonomia de abastecimento a todo o país durante 30 dias.

    A infraestrutura vai permitir optimizar toda a logística de armazenamento e de distribuição de combustíveis a nível nacional, tornando o principal ponto de recepção e armazenamento de produtos derivados do petróleo e do escoamento para o interior do país de forma mais segura, eficiente e menos onerosa.

    Na ocasião, o Presidente da República considerou o TOBD, assim como as Refinarias do Lobito e de Cabinda, como “projectos estratégicos de impacto económico e social” que uma vez concluídas darão a auto-suficiência que muito o augura.

    De acordo com João Lourenço, para se chegar a dependência de produção dos derivados de petróleo em Angola, "precisamos primeiro finalizar o que não está concluído, as obras das refinarias de Lobito, Cabinda e outras infra-estruturas de retenção de combustível", acrescentou o chefe de Estado.

    Por sua vez, o Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, destacou que o país regista um importante marco com a inauguração deste terminal, “uma obra estruturante de impacto sócio-económico para o nosso país e táctico para o segmento downstream do sector de petróleo e gás”, afirmou.

    Para Diamantino Azevedo, a inauguração desta infraestrutura, em ano de celebração dos 50 anos de independência nacional, deve constituiu um fator motivador e de orgulho para os angolanos. “Pois, indubitavelmente, irá contribuir para atingirmos a auto-suficiência energética, imprimir nova dinâmica ao desenvolvimento do país e melhorar o bem-estar das nossas populações”, acrescentou o titular da pasta do MIREMPET.

    Segundo o governante, o “Plano de Desenvolvimento Nacional 2023-2027, prevê que o país tenha uma capacidade de armazenagem de combustíveis em terra de 1 milhão e 260 mil m³. Actualmente, o país dispõe de uma capacidade de armazenagem em terra de 676 mil m³. Assim, se adicionarmos este valor a capacidade final deste terminal, atingimos 1 milhão e 458 mil m³, que ultrapassa o objetivo do nosso plano”, explicou o dirigente.

    Para o PCA da Sonangol, Sebastião Martins, “o TOBD é um dos maiores activos da indústria construído de raiz em Angola desde a independência nacional, irá impulsionar a modernização do sector e melhorar a sua eficiência operacional”.

    Já o diretor do projecto, Mauro Graça, afirmou que o TOBD serve em primeira instância para atender as necessidades do país, “mas pela capacidade que apresenta, pensamos que o terminal deverá ser também operado como um activo” com capacidade de gerar receitas uma vez que se prevê a “assinaturas de protocolos com várias empresas nacionais e estrangeiras, interessadas em usar os espaços de armazenagem do terminal”.