O Presidente da República de Angola, João Lourenço, presidiu à cerimónia de abertura da 6ª edição da Conferência Internacional Angola Oil & Gas 2025, destacando o papel estratégico do sector petrolífero no desenvolvimento nacional e apelando à intensificação dos investimentos, inovação e inclusão juvenil.
Na sua intervenção, o Chefe de Estado sublinhou o simbolismo da conferência ao coincidir com os 50 anos da Independência Nacional. “Há cinco décadas, o povo angolano conquistou o direito de sonhar com um futuro próprio e soberano”, afirmou, enaltecendo o papel histórico do petróleo na construção da economia angolana desde a criação da Sonangol em 1976.
João Lourenço destacou que Angola enfrenta actualmente um acentuado declínio da produção petrolífera, o que exige medidas urgentes e coordenadas. Nesse sentido, referiu que o Executivo tem apostado na Estratégia de Exploração 2020–2025 e na captação de novos investimentos privados, com o objectivo de gerar riqueza e prosperidade para o país e para os angolanos.
A transição energética também mereceu atenção especial. João Lourenço reiterou o compromisso de Angola com a sustentabilidade ambiental, defendendo que “os países produtores de hidrocarbonetos devem ter o direito de desenvolver os seus recursos em benefício das suas populações”. Sublinhou ainda que o sector deve investir em energias renováveis e adoptar práticas de mitigação das emissões, como a redução da queima de gás e a reflorestação.
Outro ponto central do discurso foi o conteúdo local, considerado pelo Presidente como “um factor estratégico” para garantir que os benefícios da exploração petrolífera sejam partilhados com a sociedade angolana. “Devemos canalizar a energia e o potencial criativo da juventude ao serviço da nossa economia”, disse, apelando à criação de oportunidades de estágio e primeiro emprego para os jovens.
O Presidente da República expressou o desejo de que a conferência seja “um espaço de diálogo construtivo, de construção de parcerias duradouras” e reafirmou que o Sector Petrolífero deve continuar a ser um instrumento de progresso económico e social, que respeita o Meio Ambiente e promove inovação tecnológica.