O Presidente da Conferência de Ministros da OPEP e Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás de Angola, Diamantino Azevedo, disse que "foi uma honra, para si e para o país, liderar a organização durante um ano histórico”.
O governante discursou, esta quarta-feira, 01.12.2021, na abertura da 182ª reunião da OPEP e ressaltou a relação de confiança, nos últimos 20 meses (de Covid-19), que "tem funcionado para estimular e acelerar a estabilidade e o equilíbrio do mercado e apoiar a economia global”.
Referiu que "a pandemia Covid-19 continua a ser um inimigo persistente a assustar os mercados” e apelou à necessidade de um controlo diligente do mercado, para evitar o regresso ao desequilíbrio, face à oferta planeada de petróleo de várias reservas estratégicas.
"Temos de estar atentos aos riscos descendentes associados aos aumentos da inflação, ao aumento dos níveis de dívida e às perturbações da cadeia de abastecimento. Nestes tempos incertos, é imperativo que nós - juntamente com os países não-OPEP da Declaração de Cooperação (DoC) - continuemos prudentes na nossa abordagem e preparados para ser proactivos quando as condições de mercado o justifiquem”, sublinhou.
Diamantino Azevedo apelou à união, foco e adaptabilidade a qualquer dinâmica de mercado em mutação, como aconteceu nos cinco anos de história de existência da DoC, firmada entre os 13 membros da OPEP e os 10 Não-OPEP. "Assim, vamos garantir o equilíbrio do mercado, uma estabilidade sustentável e apoiar o crescimento e os investimentos nos próximos meses e anos”, referiu.
Em relação ao quinto aniversário da DoC (2016), assinalou que o papel crucial que desempenhamos no processo de recuperação reflete-se na última avaliação do Conselho de Administração da Comissão Económica que prevê um crescimento económico global de cerca de 5,6% este ano e de 4,2% em 2022. "O nosso think-tank vê a procura de petróleo crescer cerca de 5,7 mb/d em 2021 e mais 4,2 mb/d em 2022, o que nos coloca no caminho certo para superar níveis não observados desde o início de 2020”.
Perante desafios complexos e interligados, como as alterações climáticas e a pobreza energética que no entender do Ministro "exigem soluções abrangentes e sustentáveis que garantam uma distribuição equitativa da energia”, o governante acha que "ninguém deve ser deixado para trás”, devendo os Estados e as nações caminharem juntos.
Na sexta-feira, 3 de Dezembro acontece o quinto Diálogo Energético OPEP-China, uma plataforma que o governante angolano caracteriza como "importante e oportuna para a discussão” com uma das principais nações consumidoras de energia do mundo.
A terminar, o Presidente da Conferência de Ministros da OPEP (2021) lamentou a morte recente do último delegado fundador da OPEP em 14 de Setembro de 1960, Abdullah Ismail.