• Nova Matriz Energética Mundial: Mirempet Fala Sobre Perspectivas Da Indústria Petrolífera


    A indústria de petróleo e gás terá o seu foco na exploração e produção do gás natural, assim como em outras fontes de energias renováveis como a solar e a eólica, entre outras, tornando as companhias nacionais e internacionais de petróleo em empresas de energia, com o objectivo de alterar a estrutura da actual matriz energética, diminuindo gradualmente a percentagem do petróleo bruto e do carvão mineral.A necessidade de diversificar a matriz energética em África, tendo em conta a alta procura de electricidade em vários países do continente, permite que várias fontes de energia como a solar, eólica, biocombustíveis, hidrogénio azul e verde se tornem economicamente atractivas.Para o caso de Angola, o Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, disse que o Ministério que dirige tem vindo a apoiar iniciativas do Sector Petrolífero, assim como o desenvolvimento de projectos cuja implementação contribuirá para a diversificação da matriz energética nacional.O governante que dissertou sobre a nova matriz energética mundial e a perspectiva para a indústria petrolífera, no IV Congresso Internacional da Ordem dos Engenheiros de Angola (OEA), realizado, a 18 e 19 de Novembro de 2021, em Luanda, destacou projectos em curso, que apoiam a iniciativa de diversificação da matriz energética, nomeadamente o Projecto Fotovoltaico de Caraculo (parceria entre a Sonangol e a ENI), consubstanciado na construção e operação de uma central fotovoltaica com a capacidade instalada de 50 MW na província do Namibe, para a produção e fornecimento de energia eléctrica; Projecto Solar de Quilemba (parceria entre a Sonangol EP e a TotalEnergies), relativo a construção e operação de uma central fotovoltaica na província da Huila, com a capacidade estimada em 140 MW para o fornecimento de energia eléctrica.O Ministro referenciou também o projecto sobre hidrogénio verde, em fase de Estudos quanto a viabilidade de construção e operação de uma Planta para produzir hidrogénio verde limpo, renovável e sustentável, que contribuirá para a redução do consumo de combustíveis fósseis e produtos químicos; projectos sobre biocombustíveis (parceria entre a ANPG, Sonangol, e a ENI), para a produção de biocombustíveis e apoiar Angola a tornar-se líder entre os países da África Ocidental no processo de descarbonização e transição energética e o projecto de reflorestação (parceria entre o MIREMPET, MCTA, MINAGRIP e a TOTALEnergies), em estudos para a constituição de florestas nas áreas desérticas ou áridas.Diamantino Azevedo considerou que Angola deverá continuar com o esforço no sentido de atrair investimentos para o sector do upstream com vista a aumentar a produção de petróleo bruto e gás, tendo em conta o papel destes recursos não renovável para o crescimento da economia.realçou que será necessário que o país continue a preparar-se para a transição energética e que a cooperação regional e internacional poderá garantir uma transição energética com equidade."Angola deve incentivar a execução de projectos de pesquisa e exploração de recursos minerais necessários para assegurar a transição energética”, sublinhou.o IV Congresso Internacional da OEA ocorreu sob o lema "Engenharia Disruptiva: construindo um futuro sustentável para Angola" e envolveu debates, reflexão crítica com painéis temáticos, mesa redonda e mini-cursos.