• MIREMPET PROMOVE PARTILHA DE TESTEMUNHOS SOBRE O SECTOR


    “Histórias do Sector Mineiro e Petrolífero ao Longo dos 50 Anos de Independência Nacional” foi o tema da palestra promovida, esta quinta-feira, 14, pelo Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás com o objectivo de criar um momento de partilha testemunhos e factos marcantes da indústria extractiva, desde 1975.

    O encontro contou com a intervenção de figuras de reconhecida experiência, designadamente: Paulino Neto, Engenheiro de Minas e Professor Universitário; Raúl Fernandes, antigo Secretário-Geral do extinto Ministério da Geologia e Minas; Carlos Amaral, antigo Vice-Ministro da Energia e ex-PCA da ACREP; e António Mangueira, antigo Director-Geral Adjunto da Sonangol.

    O Secretário de Estado para o Petróleo e Gás procedeu a abertura da sessão. José Barroso sublinhou que o evento se insere nas orientações do Executivo que incentivam as instituições a promoverem actividades de carácter sócio-político e cultural, de modo a permitir que todos os trabalhadores do sector, bem como o público em geral, participem activamente nas celebrações dos 50 anos da independência de Angola.

    O governante destacou ainda que, actualmente, o Sector é mais transparente e competitivo, o que tem permitido atrair maior e melhores investimentos privados. “Primeiro, é preciso aprender com o que foi feito ao longo destes 50 anos e consolidar a nossa indústria. A maior preocupação, hoje, é diversificar e, no futuro, associar esse esforço à inovação, criatividade e evolução técnica, de forma a garantir que o Sector continue a desempenhar um papel estratégico na nossa economia”, ressaltou.

    Para o prelector, Paulino Neto, as principias dificuldades que o Sector enfrenta hoje, prendem-se com o financiamento de projectos, mas acredito que, com as reflexões que têm sido partilhadas, pode-se extrair subsídios importantes para encontrar o caminho que permitirá alavancar para patamares mais elevados.

    António Mangueira recuou no tempo para comparar a evolução da produção petrolífera desde a independência. “Naquela altura, produzíamos cerca de 100 mil barris de petróleo por dia, hoje, produzimos 1,2 milhões, ou seja, dez vezes mais. Ainda assim, devemos ter sempre em mente que é possível e necessário fazer melhor. O grande desafio é aumentar a participação angolana, dos nossos quadros e da nossa capacidade de diversificação, de forma a reforçar o contributo nacional na execução dos trabalhos do sector e no desenvolvimento do país”.

    Por seu lado, o Consultor do Ministro, Mankenda Ambroise, o moderador da palestra, classificou-a como um “exercício” que permitiu revistar a trajectória da independência de Angola e também conhecer as conquistas e as dificuldades, até aqui vivenciadas. “Devemos continuar o estudo e a investigação geológica do território nacional, de forma a aumentar o potencial que já conhecemos e também pensar na preparação dos quadros angolanos para dar continuidade a estas actividades como os grandes desafios do Sector para os próximos anos”, considerou.

    Participaram no evento funcionários do MIREMPET e dos Serviços Superintendidos.