"Defendemos uma transição energética justa e com segurança porque terceiros pretendem impor aos países em desenvolvimento, como Angola, uma agenda que não coincide com os nossos interesses”, afirmou o Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, à margem da mesa-redonda sobre Minerais Críticos, realizada quarta-feira, 19/04, no MIREMPET.
Diamantino Azevedo realçou que "quem mais poluiu até agora não foram os países subdesenvolvidos”, tendo classificado de injusta a pretensão de impedir que países possuidores de hidrocarbonetos utilizem esses recursos. "Temos defendido que nos deixem continuar a explorar os nossos recursos, mas iremos fazê-lo com maior respeito ao ambiente, usando melhores tecnologias para diminuir as emissões e Angola tem sido exemplar” defendeu o governante.
No entendimento de Diamantino Azevedo, a transição energética é digital e mineral.
"No momento actual, os minerais críticos desempenham um papel importante. Devemos ver indícios da existência destes minérios no país e a maneira de atrair mais investimento para o sector”.
Por outro lado, o governante falou também sobre o processo de obtenção de conhecimento geológico que considerou contínuo e não finito. "Temos de trabalhar todos os dias, porque a informação geológica tem várias fases para este processo, a melhoria de conhecimento macro através de mapas, cartas geológicas e melhorar a infraestrutura laboratorial”.
Diamantino Azevedo acrescentou que toda informação geológica não é apenas útil para exploração de recursos minerais, mas para todo o planeamento territorial, para o conhecimento dos solos, actividades económicas e prevenção de catástrofes naturais e todo processo de crescimento económico e assim desenvolvermos o país com maior sustentabilidade.
Sharon Muanhimba e Dereck Cambinda, estudantes do 4º ano do curso de Geologia e Minas na Universidade Metropolitana de Angola, consideraram de "louvável e positiva” a iniciativa do MIREMPET em organizar este evento.
"O Sector Mineiro-Geológico não se faz apenas com o petróleo, diamante e ouro, temos que pensar em alternativas para o desenvolvimento sustentável do país”, afirmaram as estudantes.