• Ministro Reitera Luta Contra Aquecimento Global


    O Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás reiterou esta quarta-feira, 28 de Setembro, em Luanda, o compromisso do Executivo Angolano em manter, até final do presente século, o nível de aquecimento global em 2 graus Celsius em relação aos níveis pré-industriais e, de "preferência, limitá-lo a 1,5 graus", assim como a neutralidade do carbono até 2050.

    Convidado a proferir o discurso de abertura da II Conferência sobre Ambiente e Desenvolvimento, Diamantino Azevedo referiu-se ao alinhamento com o COP 21 – Acordo de Paris – e o COP 26 de Glasgow, tendo acrescentado que "o agravamento dos efeitos das alterações climáticas tem pressionado a reformulação da cadeia de valor do sector energético globalmente, visando a sua descarbonização, utilizando novas tecnologias e combustíveis mais limpos”.

    Relativamente à transição energética, o governante disse que a "mudança de paradigma representa também uma grande oportunidade em termos sociais económicos” e enfatizou que o processo deve ser "inclusivo e não gerar novas formas de pobreza e desigualdade”.

    Olhando para o continente africano, o Ministro citou a Organização dos Países Produtores de Petróleo de África (APPO), segundo a qual, "no nosso continente, vivem mais de 600 milhões de pessoas sem acesso à energia eléctrica. Esta pobreza energética faz de África um continente com emissões per capita muito baixas”.

    A transição energética em Africa deve ser adaptada à realidade local uma vez que os abundantes recursos de petróleo e gás natural de que dispõe, são importantes para o seu desenvolvimento socioeconómico e para a industrialização, constatou Diamantino Azevedo, tendo concluído que "serão os hidrocarbonetos , em especial o gás natural, que permitirão acabar com a pobreza energética generalizada e garantir uma transição energética sustentável .

    O evento foi organizado pela Revista Economia e Mercado, sob o lema "Transição Energética: Industria, Inovação e Infraestruturas”