Na abertura da sexta edição da Conferência Angola Oil & Gas 2025, realizada esta quarta feira, 3, em Luanda, o Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, destacou os avanços concretos da indústria petrolífera nacional, com foco na execução de projectos, na diversificação energética e na capacitação local.
Segundo o governante, vários projectos sancionados nos últimos anos estão em fase de execução em blocos offshore, com destaque para o South N’Dola, no Bloco 0, já em fase de conclusão, e o N’Dungo, no Bloco 15/06. Azevedo sublinhou ainda o início do Projecto Kaminho, no Bloco 20/11, o primeiro desenvolvimento offshore da Bacia do Kwanza, cuja construção do FPSO arrancou na China em Abril e teve início local no Estaleiro da Petromar, no Ambriz, com o corte do primeiro aço a 29 de Agosto.
Para mitigar o declínio natural da produção, o ministro anunciou a operacionalização do Regime Jurídico e Fiscal da Produção Incremental, mecanismo que visa incentivar volumes adicionais de petróleo em campos maduros e marginais, através de acordos entre a ANPG e os operadores.
No domínio da exploração, Diamantino Azevedo revelou que “estudos geológicos na Bacia de Kassanje identificaram elevado potencial de hidrocarbonetos”, enquanto decorrem trabalhos de campo na Bacia do Etosha-Okavango, reforçando a aposta estratégica na expansão das fronteiras petrolíferas.
Quanto ao gás natural, o Ministro referiu que o Novo Consórcio de Gás, criado em 2020, está a desenvolver os campos Quiluma e Maboqueiro, com o primeiro gás previsto para breve, um marco na exploração de gás não associado em Angola.
No segmento da refinação, prossegue a construção da Refinaria do Lobito, enquanto o projecto do Soyo está a ser reavaliado, num esforço para garantir maior capacidade de transformação local.
Azevedo destacou também o papel crescente da participação nacional, afirmando que “mais de 300 empresas angolanas prestam serviços à indústria petrolífera”, e que o compromisso do Executivo é ampliar essa presença com qualidade, gerando emprego, conhecimento e riqueza para os angolanos.
Encerrando com uma mensagem de futuro, o ministro dirigiu-se à juventude: “O futuro energético de Angola está nas vossas mãos. Com talento, criatividade e dedicação, construiremos os próximos 50 anos da indústria petrolífera nacional.” Reafirmou ainda que Angola continuará a investir em biocombustíveis, energia solar e hidrogénio verde, promovendo uma transição energética justa, equilibrada e sustentável.