A informação foi avançada pela delegação americana durante abertura do IV Diálogo sobre Segurança Energética em Angola, quinta-feira, 13 de Junho, no MIREMPET.

Trata-se da maior transação de empréstimo sobre energia renovável que o Banco de Exportações e Importações dos Estados Unidos da América (EXIMBANK) já a provou. O montante vai servir para a construção de duas centrais de energia solar fotovoltaica em Angola, no quadro do apoio à parceria da administração Biden para infraestrutura e investimento globais (PGII).

Intervindo na sessão de abertura do IV Diálogo, Tulinabo Mushingi, Embaixador dos Estados Unidos da América em Angola, assegurou que, a presença em Luanda de uma delegação americana tão importante reflete o lugar central que as questões energéticas ocupam na relação entre ambos os países.

"Hoje, a nossa parceria no sector da energia continua a evoluir e a diversificar. Actualmente, empresas como a Sunáfrica estão a trabalhar em Angola para desenvolver novas fontes de energia que são especiais para satisfazer às necessidades energéticas dos nossos respectivos países e, na verdade, do mundo", reconheceu o Embaixador.

O Diploma acrescentou que, o investimento de Angola em energia limpa está a estabelecer rapidamente o país como líder em energia renovável em África com um compromisso impressionante de assegurar que 70% da sua energia doméstica provenha de fontes limpas. Segundo o Embaixador, os Estados Unidos da América orgulham-se de fazer parte deste sucesso, como demonstra o acordo que o US ExinBank celebrou com Angola no mês de Maio deste ano em Dallas, Texas, para financiar o desenvolvimento da energia solar em Angola.

Por seu turno, o Sub-Secretario de Estado norte americano, os Recursos Minerais, Geoffrey Pyatt, disse que a sua vinda para Angola acontece na sequência de uma cimeira sobre energia que se realizou em Dallas no mês de Maio, onde a Angola celebrou um acordo de financiamento de centenas de milhões de dólares para a construção de instalações de energias renováveis. O governante explicou que, em Dallas conversou muito com o Presidente da empresa Sanáfrica sobre a segunda fase deste projecto, que vai se focar no sul de Angola, "eu sei que a empresa está comprometida com este projecto e estou ansioso por ver a transformação do sistema energético desta região da Angola", acrescentou o responsável.

Para concluir Geoffrey Pyatt assegurou que a delegação que acompanha reflete o alcance do compromisso ao nível do governo americano para apoiar a parceria energética com a Angola, "é particularmente importante, o facto de que esteja aqui o líder da Power Africa, da Iniciativa Power Africa, a quem agradeço pela presença, mas também a Dinay, da Parceria para o Investimento Global em Infraestruturas, a PGI, estes são dois porta-bandeiras deste nosso compromisso, e nas questões pelas quais sou responsável".

De acordo com uma publicação no site da Embaixada de Angola nos Estados Unidos da América, o projecto/empréstimo foi inicialmente anunciado durante a Cúpula do G7 em 2022, o montante directo de mais de 900 milhões de dólares ao Ministério da Energia e Águas de Angola vai servir para apoiar a construção de duas centrais de energia solar fotovoltaica usinas eléctricas do País.

O projecto vai gerar mais de 500 megawatts de energia renovável, fornecerá acesso a recursos de energia limpa em Angola, além de ajudar o país a cumprir com os seus compromissos climáticos, bem como vai apoiar as exportações de sistemas de montagem de painéis solares, conectores, interruptores, sensores e outros equipamentos dos EUA.

Com esta iniciativa estima-se que a transação gere 1.600 empregos