A obra intitulada “Utilização de Rochas para as Culturas Agrícolas & Agrominerais de Angola”, propõe soluções inovadoras para melhorar a fertilidade dos solos angolanos e promover uma agricultura sustentável. Destaca a importância de aproveitar os recursos minerais locais, especialmente os agrominerais, e recomenda investimentos em estudos de viabilidade técnico-económica de depósitos minerais.
Na cerimónia de apresentação da obra, realizada a 23 de Julho, no Auditório Albina Assis, o autor do livro referiu que pretende contribuir para a formulação de políticas públicas voltadas à valorização dos recursos minerais nacionais como insumo estratégico para a agricultura.
"Apesar da riqueza mineral de Angola, os projectos de aproveitamento de agrominerais ainda são de pequena escala, como é o caso do gesso e guano no Cuanza-Sul e do calcário na Huíla. "O livro recomenda o investimento em estudos de viabilidade técnico-económico de depósitos como o fosforito do Nzeto, o fosfato de Cácata, bem como glaunite e zeonite, que já estão em fase de prospecção", ressaltou Marlon
Joaquim David, antigo Ministro da Geologia e Minas e Indústria, presente na cerimónia, considerou a obra como "um contributo valioso para a autossuficiência alimentar do país", tendo em conta a explosão demográfica. "Os nossos terrenos são potencialmente férteis, mas têm de ser melhorados", disse.
Luís António, Director do Gabinete de Intercâmbio do MIREMPET, fez referência ao facto de o autor do livro ter sido funcionário do Sector e actualmente na reforma. "Isso dá um certo orgulho. Apelamos que as pessoas comprem, leiam e critiquem, contribuindo para a melhoria do conteúdo, reforçando a sua utilidade”.
Manuela Nunes, participante do evento, afirmou ter aprendido muito com o lançamento do livro principalmente sobre a existência rochas que podem contribuir para melhorar a produção agrícola.
A obra foi apresentada pelo Eng. Agrónomo Fernando Pacheco, também prefaciador da mesma que destacou a necessidade de os cientistas, com o seu trabalho de pesquisa, fornecerem informações suficientemente fundamentadas para ajudarem o público, os decisores políticos, e técnicos na tomada de medidas eficazes para o aumento da produção de alimentos, face a escassez actual e da previsão do aumento da população.
Nesta primeira edição, foram impressos 250 exemplares.