A entrega do título de exploração de fosfato aconteceu esta segunda-feira, 29 de Julho, durante a cerimónia de apresentação pública da marca Amufert, pela empresa com o mesmo nome (parceria entre o Grupo Opaia e a SonaGás) vocacionada à produção de fertilizantes.
Jacinto Rocha, PCA da ANRM, procedeu a entrega e referiu que "o título ora entregue faz parte da viabilização da primeira fase, uma vez que sem fosfatos não teríamos o projecto para a produção de fertilizantes". Recebeu o título o PCA do Grupo Opaia, Agostinho Kapaia, que diz trata-se de uma iniciativa que promete transformar o futuro da agricultura e da segurança alimentar em Angola e África."Vivemos um momento crucial, onde a necessidade de industrialização do continente africano se torna cada vez mais evidente.
Com a população africana projetada para crescer significativamente nas próximas décadas, especialmente na África Subsaariana, a segurança alimentar não é apenas um desafio. É uma responsabilidade coletiva”, afirmou.O Ministro da Agricultura e Florestas, considera que o país precisa de 150 mil toneladas/ano de fertilizantes. António Assis avança que "Angola está a acontecer, marcando a nossa soberania com projectos dessa dimensão e importância”.
José Severino, Presidente da AIA, chama outros operadores para investirem em correctores de solos e fornecer esses insumos ao nordeste, centro e sul do país e subsidiação da produção de calcário para a agricultura.
Chamado a proferir o discurso de encerramento da cerimónia, o Ministro Diamantino Azevedo considerou trata-se de um projecto integrado de fertilizantes, pois a ocasião serviu para outorgar o título para a produção de fosfato que proporciona o composto NPK (Nitrogénio, Fósforo e Potássio) e Fósforo.
"É um projecto completo, pensado e implementado por angolanos” Segundo o governante, "os alimentos são a mais importante arma para a sobrevivência da humanidade” e justifica que alimentos e fertilizantes são interdependentes, pois boas colheitas, em quantidade e qualidade, dependem de correctores de solos e de fertilizantes.
Informou que desde o início do seu primeiro mandato que o presidente João Lourenço definiu como objectivo primário o alcance da segurança alimentar, o que passa pela agricultura. Daí que, segundo o Ministro, o MIREMPET tenha abraçado a produção de correctores de solos e fertilizantes para que se atinja a auto-suficiência e, possivelmente, a exportação de excedentes.
O gás é componente essencial para fertilizantes, porque fornece a amónia e a ureia. Para o efeito, o governante avançou que durante a audiência que o Presidente da República concedeu ao CEO da ENI, empresa operadora do Novo Consórcio de Gás, a 22 de Julho, Claudio Descalzi prometeu, a entrada em operação desta importante instalação de recepção e tratamento de gás em finais de 2025 (antecipadamente), o que faz com que o projecto Amufert tenha "todas as condições criadas para avançar, pois tem gás disponível e condições técnicas disponíveis”.
Diamantino Azevedo pediu aos promotores da Amufert o cumprimento dos prazos. A fábrica Amufert será erguida na cidade do Soyo e visa diminuir a carência e carestia de fertilizantes em Angola.