O Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás reafirmou sexta-feira, 5, o compromisso do Executivo angolano em continuar a criar condições favoráveis para a formação e capacitação de quadros angolanos, colocando a tecnologia e a inovação no centro da estratégia de desenvolvimento nacional.

O pronunciamento foi feito na abertura da Conferência promovida no Instituto Superior Politécnico de Tecnologias e Ciências (ISPTEC), sob o tema “Da Ideia ao Impacto do Produto: Como a Tecnologia tem Impulsionado o Desenvolvimento Económico das Nações”, ministrada pelo Professor Doutor Manuel Gilberto Freitas de Santos.

Na ocasião, Diamantino Azevedo destacou a importância de uma maior aposta no uso das tecnologias e da inovação como instrumentos fundamentais para aumentar a produtividade, melhorar processos produtivos, reforçar a eficiência das empresas para dinamizar a economia nacional.

Para o Ministro, as várias instituições e centros tecnológicos relevantes que Angola possui, como o IGEO, laboratórios especializados, universidades, centros técnicos e profissionais, fábricas de fertilizantes, centros de lapidação, refinarias, o terminal oceânico e outros "devem ser bem aproveitados" para fomentar o desenvolvimento tecnológico e científico.

"Não apenas as instituições de ensino, mas também as empresas e centros de pesquisa devem utilizar de forma mais intensiva as infra-estruturas tecnológicas já existentes no país, de modo a impulsionar um desenvolvimento mais acelerado”, apelou o governante.

Por sua vez, o prelector, que é docente universitário em Portugal, partilhou conhecimentos sobre a implementação de sistemas de gestão da qualidade, ambiente, segurança e inovação e destacou casos práticos e tendências que marcam a transformação tecnológica a nível global.

O Professor Gilberto Santos sublinhou que "a verdadeira riqueza das nações não reside apenas na produção, mas sobretudo no conhecimento, nas ideias, nas patentes que se criam e nos produtos inovadores que resultam da educação de qualidade". Para o caso de Angola, considerou que o país está a seguir um caminho promissor, destacando como exemplo a futura criação de um parque tecnológico, destinado a acolher empresas e a promover a interacção entre estas, as universidades e as instituições de ensino superior. “Com essa ligação, o parque tecnológico poderá crescer, gerar novos produtos e estimular a inovação”, apontou.

Gilberto Freitas Santos tem Doutoramento em Engenharia Mecânica e Agregação em Engenharia Industrial. O académico é também reconhecido pela sua vasta experiência como consultor em empresas industriais.

A conferência juntou académicos, membros do aparelho do Estado e funcionários do Sector Mineiro e dos Hidrocarbonetos.