• Diamantes: 87 Cooperativas Licenciadas Estão Em Actividade


    Até 22de Outubro de 2021, "estão licenciadas 266 cooperativas de exploração de diamantes que devem transformar-se em sociedades comerciais. Deste número, 87 estão em actividade, o que representa 32% do total”. A informação foi avançada esta sexta-feira, 22/10, pelo director nacional dos recursos minerais, André Buta Neto, à margem do segundo encontro realizado, em Luanda, pelo Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, com as cooperativas.

    Sobre as reclamações apresentadas pelas cooperativas, André Buta Neto esclareceu que a actividade de mineração é cara, e que aquando da atribuição das licenças, todas garantiram terem capacidades financeiras. "Só que a realidade demostra o contrário. Boa parte não tem capacidade financeira”.

    Entretanto, reconhece que as vias de acesso às zonas de exploração são "muito lamentáveis”, e que têm impedido as equipas técnicas que acompanham as cooperativas, de chegar as áreas mais longínquas, defendendo a necessidade de se proceder a recuperação das vias de acesso.

    A administradora da Cooperativa Tchitembo Tchalaza (Bié), Georgina Nunda, disse, à saída da reunião, que 70% das orientações anteriormente deixadas foram cumpridas, tendo apontado como exemplo, a forma de comercialização de diamantes, a prorrogação das licenças de exploração semi-industrial às cooperativas e a atenção à ajuda que as cooperativas solicitam junto do departamento e a redução de garimpeiros nas zonas de exploração de diamantes.

    Entre os desafios aquela responsável entende não terem sido ainda ultrapassados, apontou a não renovação das licenças de algumas cooperativas, motivadas pela falta de investidores e das condições das vias que dão acesso às zonas de exploração semi-industrial, bem como o facto de algumas ainda possuírem minas. Georgina Nunda afirmou que as cooperativas do Bié, já cumpriram com todas as orientações, estando neste momento à espera do despacho do Ministério.

    O Administrador da Cooperativa Kuanza Mucango, Félix Costa, elencou a falta de incentivos fiscais, bem como a crise financeira no sector constituem desafios para o desenvolvimento das actividades mineiras. Sobre os níveis de produção, apontou para um balanço positivo, pelo facto de terem atingido a cifra de 5 milhões de dólares, contra os anteriores 3 milhões.

    Com estes dados, Félix Costa está optimista de que as cooperativas da província do Cuanza Sul, vão conseguir transformar-se em Sociedade comercial e desenvolver actividades semi-industriais no sector mineiro.