• Diamante Angolano Em Debate Na Aidc


    Até Outubro de 2021, o país contou com uma produção de 6.592 milhões de quilates, e um grau de execução de 72%, o que leva a crer que esse objectivo será alcançado. Disse o Ministro Diamantino Azevedo, ao proceder a abertura, esta quarta-feira, 24.11, da Primeira Conferência Internacional de Diamantes de Angola (AIDC).

    Para 2022, a meta do PDN 2018-2022, o aumento da produção será de 10.055 milhões de quilates.

    Acrescentou, por outro lado, que " a promoção da cadeia de valor de um sector de importância fundamental para o desenvolvimento económico e social de Angola, a homenagem simbólica ao município de Saurimo, que geneticamente alberga diamantes de excelente qualidade, é uma das finalidades da concretização da AIDC”.

    O Governante informou também, que o Polo de Desenvolvimento Diamantífero foi construído em 18 meses, e isso traduz a nossa vontade de um rápido e harmonioso desenvolvimento económico-social, tendo o Diamante como "mola impulsionadora”.

    "A realização desta tarefa se impõe, após reestruturação do modelo de governação do sector mineiro, em tornar realidade as metas do PDN”, que visa transformar Angola a médio-prazo no segundo maior produtor global de Diamante.

    Acrescentou o Governante, que com a participação de Angola no processo Kimberly, serviu para a erradicação dos diamantes de sangue, que no passado sustentaram vários conflitos armados no continente africano e que hoje, são explorados legalmente em prol do desenvolvimento dos países produtores.

    A realização desta conferência internacional, enquadra-se no âmbito das acções de divulgação do potencial diamantífero de Angola , com a finalidade de atrair a atenção de empresas nacionais e estrangeiras.

    Com a recuperação no mercado mundial, após a instabilidade causada pela Covid-19, o Ministro espera que com este encontro, haja interesse na cadeia de valor desse mineral estratégico.

    O evento vai ainda, entre outros assuntos, reflectir sobre a política de comercialização de diamantes, o seu regulamento que garantem ao sistema de comercialização maior transparência e liberação no processo de compra e venda, estabelecendo diversos modelos de comercialização, definindo quotas de livre comercialização por parte das empresas produtoras, assentes numa negociação justa entre os intervenientes de acordo com as regras do mercado.

    O desenvolvimento da indústria de lapidação, a implantação da indústria de joalheria que será uma sequência natural, assim como a efetivação da bolsa de Diamantes, a ser inaugurada de maneira experimental no primeiro semestre do ano de 2022, trarão benefícios económicos ao país.

    O diamante como segunda fonte de exportação e de divisas do país é um bem necessário, essencial para a recuperação económica e desenvolvimento, quer como factor na criação de empregos para jovens e para a arrecadação de receitas fiscais.

    Para os futuros investidores o executivo angolano assegura todo apoio institucional, bem como a desburocratização, lisura e transparência de acções. Com a adesão de Angola a Iniciativa de Transparência da Indústria Extrativa (ITIE), deu-se um passo significativo para a promoção e apoio a governação transparente dos recursos minerais, assegurou o Governante.

    O Ministro espera que deste encontro de trabalho saiam recomendações , que Angola seja um alvo preferencial de investimento.

    O vice-governador Mendes Lourenço Gaspar fez as honras da casa, ao conceder palavras de boas vindas e tendo elogiado a realização do evento na cidade de Saurimo.