"Os Recursos Minerais são uma alavanca importante para a economia do país”

A citação é do Ministro dos Recursos Minerais Petróleo e Gás Diamantino Azevedo, durante a 1ª Edição do "Conversas Economia 100 Makas” realizada hoje 05.08.24.

O evento destinado ao público ligado ao Sector, foi dirigido pelo economista Carlos Rosado de Carvalho e contou como os comentários de Flávio Inocêncio, especialista em Energia e Recursos Minerais. Para esta primeira edição e tema de conversa centrou-se em saber "O que o Petróleo e Gás (Ainda) têm para dar a Angola e o que o país pode esperar dos minerais críticos”.

No início da sua dissertação, Diamantino Azevedo começou por fazer uma resenha histórica da produção do petróleo bruto no período de 1975-2017 quando neste período pela primeira vez em 2005, a produção atingiu 1 milhão de barris de petróleo por dia, tendo em 2008 atingido o seu pico e em 2016 o declínio.

O Ministro fez também o enquadramento do Sector nos últimos 7 anos com base nas medidas e acções para a redinamização da produção, tendo destacado a revisão do quadro fiscal e contratual para o desenvolvimento dos Recursos Minerais, o Regime Jurídico sobre o Conteúdo Local, Plano Director do Gás Natural, a Nova Política de Comercialização de Diamantes Brutos e o Regulamento para a exploração semi-industrial.

O governante destacou também as principais medidas e acções implementadas para o alcance da auto-suficiência em produtos refinados, que se resumem na construção da Unidade de aumento da produção de gasolina da Refinaria de Luanda e o início da implementação das refinarias de Cabinda, do Soyo e do Lobito. "Queremos neste mandato [2023-2027] concluir a elaboração do Palno Director do Gás e garantir o fornecimento de gás natural indústria de fertilizantes, siderurgia e para a produção de energia eléctrica” disse.

Outros objectivos do Sector para 2023-2027, passam por melhorar a distribuição de combustíveis e lubrificantes em todo o território nacional; promover a coordenação da indústria e iniciativas de eficiência operacional; assegurar a implementação do projecto de Hidrogénio Verde e a participação do Sector de Petróleo e Gás no processo de descarbonização nacional; continuar a promover o conteúdo local, o desenvolvimento do capital humano e as acções de responsabilidade social.

Sobre a descarbonização e a transição energética, Diamantino de Azevedo afirmou que deve ser feita de acordo à necessidade de cada país. "Não iremos simplesmente cumprir a agenda de terceiros, estamos a traçar linhas para que o petróleo seja produzido com todas as medidas de descarbonização possíveis e acreditamos que surgirão novas fontes para a matriz energética do mundo” enfatizou.

Sobre os principais projectos do Sector Mineiro, o país poderá contar com o Polo de Desenvolvimento Diamantífero de Saurimo (concluído), a Refinaria de Ouro (2025), o Pólo de Desenvolvimento o Dundo (2026), a Bolsa de Diamante (2026), o projecto integrado minero-siderúrgico de Kassinga (2026), a fábrica de fertilizante de fosfatado, o projecto de elementos de terras raras (2026), o Pólo de Desenvolvimento de Rochas Ornamentais do Namibe (2027), entre outros grandes projectos.

"O petróleo continua e continuará a ser essencial para os processos industriais e infraestruturas que estimulam o crescimento socioeconómico no nosso País. Os recursos financeiros provenientes da actividade do Sector devem ser utilizados para o desenvolvimento sustentável de Angola e na melhoria da qualidade de vida das nossas populações”, finalizou.

As Conversas Economia 100 Makas destinam-se não só ao público ligado ao sector dos recursos minerais, mas também diplomatas, presidentes dos principais bancos e seguradoras que actuam no país e público interessado.