A região de Maquela do Zombo, na província do Uíge, prepara-se para acolher, nesta quarta-feira, 29 de Outubro, a cerimónia de inauguração oficial da Tetelo Copper Mine, a primeira mina moderna de cobre em Angola desde a independência. O acto será presidido por Sua Excelência o Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, que se fará acompanhar pelo Governador Provincial do Uíge, José Carvalho da Rocha, e por distintas entidades do Governo Central e Local.
Em declarações prestadas ao nosso órgão, o Director-Geral da Shining Star Icarus (SSI), SU, Limitada, Rui Lopes, assegurou que os preparativos decorrem dentro do cronograma previsto, num ambiente de “grande entusiasmo e sentido de missão”. Segundo o responsável, trata-se de um marco histórico para o sector mineiro nacional, simbolizando o renascimento da produção de cobre em Angola após várias décadas de interrupção.
Nas últimas semanas, as equipas técnicas concentraram-se na fase final de comissionamento, com destaque para os testes operacionais, verificação dos sistemas eléctricos e de segurança, bem como a melhoria dos acessos, sinalização, arranjos exteriores e montagem das estruturas protocolares que irão acolher os convidados. “Mais do que uma inauguração, este momento representa o início de uma nova etapa: a consolidação de um projecto concebido para gerar emprego, desenvolver competências locais e contribuir para a diversificação económica do país”, sublinhou Rui Lopes.
A Tetelo Copper Mine, localizada na região de Maquela do Zombo, compreende as antigas minas de Tetelo (superficial) e Mavoio (subterrânea), cuja exploração foi interrompida em 1975. O novo projecto, com um investimento global de 305 milhões de dólares, prevê uma vida útil de 14 anos, com capacidade de processamento de 4.000 toneladas de minério por dia e produção diária de 300 toneladas de concentrado de cobre.
A entrada em operação da mina representa um avanço estratégico para o sector mineiro angolano, reforçando o compromisso do Executivo com a valorização dos recursos naturais, a sustentabilidade económica e o desenvolvimento regional integrado.