• Conferência Internacional Junta Líderes Do Sector Em Luanda


    Dividida em duas sessões: de manhã para líderes de topo (incluindo o Ministro Diamantino Azevedo e os Secretários de Estado Jânio da Rosa e José Barroso) e a sessão vespertina para as lideranças intermédias e técnicos seniores convidados de todas as principais instituições e empresas do Sector de Recursos Minerais, Petróleo e Gás, a "Conferência Internacional sobre Liderança" foi animada pelos "gurus” das Ciências da Administração de Organizações e Gestão de Capital Humano Idalberto Chavenato e Luiz Felipe Pondé, num dos hotéis de Luanda.

    Chiavenato é um escritor, professor e consultor administrativo brasileiro que actua na área de administração de empresas e recursos humanos. É um dos autores mais conhecidos e respeitados nas áreas de Administração de Empresas e Recursos Humanos. Já Luiz Felipe Pondé é um filósofo, escritor, ensaísta, professor universitário e palestrante com pós-doutorado pela Universidade de Tel Aviv, em Israel.

    Benedito Paulo Manuel, Presidente do Conselho de Gerência de Catoca, entidade responsável pela conferência, disse, na nota introdutória que "toda a formação/capacitação coloca o homem na rota do desenvolvimento”.

    Pondé, o primeiro a falar, assinalou que "Estamos na era da modernização (permanente) e esta abala a tradição, afastando dos processos pessoas que não se ajustem a elas. O professor, que discursava e exemplificava, falou também sobre a importância dos media sociais que "podem colocar em risco a soberania dos Estados, pois, argumentou, "são capazes de destruir a credibilidade social e reputacional das instituições, se criarem um estado de opinião desfavorável com a capilarização dos conteúdos”. Mas não ficou por aqui. Enquanto filósofo e atento às transformações sociais, fez uma incursão sobre a relação entre número de filhos por mulher, versus ocupação social e carreira, concluindo que "enquanto mais ocupada estiver a mulher, menor é a tendência de procriar”.

    Chiavenato, auxiliado pelo filho que gere o Instituto que tem o seu nome, apresentaram a Master Class- Planejamento Estratégico. Das novas destacam-se: Inovação e futuro são o cerne das pessoas contemporâneas; as organizações devem ter "estrategistas” que olhem para frente, sendo de capital importâncias para as organizações e as pessoas a flexibilidade e a adaptabilidade aos tempos vindouros.

    Aproveitando a presença do Ministro Diamantino Azevedo, os media questionaram-no sobre a importância da liderança na actualidade, tendo assegurado que "as questões de liderança são de extrema importância para a governação, as empresas e outras instituições que prestam serviço público.

    Valorizou a iniciativa da Sociedade Mineira do Catoca, de trazer dois grandes especialistas na área da liderança, da ética e o capital humano, para partilharem as suas ideias e "trocar os nossos pensamentos com essas duas pessoas que têm um currículo muito interessante nesta área científica”.

    Indagado sobre efeitos práticos que se espera de conferências do género, o governante assegurou que "o objectivo é sempre o único: melhorar a prestação do serviço público que fazemos. Teremos mais ferramentas, mais conhecimentos, mais habilidades para melhorar o trabalho que fazemos, trazer mais eficiência e alcançarmos melhores resultados para o desenvolvimento do nosso país e melhoria da qualidade de vida da nossa população.

    Para o fecho da sessão da manhã, novamente foi chamado o Ministro para as notas finais. Diamantino Azevedo reiterou o apelo aos mais novos a quem deseja que sejam mais informais e falem mais entre si, "até porque muitos foram expostos a ambientes fora do país, muitos estudaram em grandes universidades”.

    A captura de talentos ao nível das empresas e instituições do Sector foi outro apelo do governante. "Façam captura de talentos. Há talentos nossos que estão a ser levados. Temos de olhar para fora das nossas organizações. Temos que aproveitá-los.

    Aos operadores mineiros que possuem licenças para a pesquisa e mineração de fosfato, potássio, calcário e outros minerais, o ministro deixa um apelo: devem trabalhar e realizar os propósitos que assumiram. "Se não trabalharem, vamos retirar as concessões e entregá-las a quem quer e pode trabalhar".