A rubrica dos documentos aconteceu esta terça-feira, 18 de Junho, e envolveu a concessionária ANPG e as petrolíferas Chevron e Sonangol na condição operadoras. Os contratos de serviços com risco referem-se aos blocos 49 e 50, na bacia do Baixo Congo.
Com os contratos assinados, a Chevron iniciará os estudos para exploração dos blocos offshore e avaliar os riscos, bem como analisar se há reservas económicas a serem explorados. Os respectivos contratos apontam que a CABGOC detém 80% de participação e a Sonangol Pesquisa e Produção 20%.
Na ocasião, o Ministro dos Recursos Minerais, petróleo e Gás disse que, apesar do sector petrolífero mundial estar a enfrentar desafios relacionados com a crises de ordem económica e política, com impacto no preço do barril de petróleo, Angola continua a manter a determinação em garantir as condições políticas e legais para oferecer um ambiente de negócios saudável e sustentável.
Diamantino Azevedo lembrou que, neste sentido, tem sido orientado e acompanhado a implementação das políticas e estratégias gizadas para a indústria extractiva, no subsector petrolífero, onde a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis tem intensificado o trabalho de captação de investimento.
"Quero frisar o compromisso do Executivo Angolano, em impulsionar as actividades de exploração e desenvolvimento de hidrocarbonetos, com vista à estabilização dos níveis de produção”, acrescentou o responsável.
Para concluir, o governante felicitou as partes envolvidas nos acordos selados e aproveitou para desafiar a Sonangol e a Chevron no sentido de concluírem em tempo record a etapa de exploração e, assim, "chegar à fase de produção com marcos adicionais”.
"Não é por acharmos que será tarefa fácil, é precisamente por acreditarmos na maturidade no vosso domínio tecnológico, aliados ao longo historial de realizações do sector petrolífero angolano. Temos noção de que os blocos 49 e 50 estão localizados em zonas com elevado risco de pesquisa e operacionalidade, por conta das condições geológicas nesta área da Bacia do Baixo Congo. Os incentivos fiscais são mais do que justificado”, sublinhou o Ministro.
Por seu turno, o presidente do Conselho de Administração da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis avançou que o país registou um aumento na produção de barris de petróleo, nos últimos seis dias, contrariamente aos habituais um milhão e 200 mil barris/dia, desde o princípio de 2024.
Paulino Jerónimo afirmou que a ANPG está engajada na mudança de paradigma e consciente de que o aumento contínuo da produção depende do crescimento da actividade de exploração.
Billy Lacobie, Director-Geral da Chevron em Angola, acredita que os blocos 49 e 50 são uma nova oportunidade para partilhar tecnologia e expandir as suas operações no país, constituindo-se num portefólio importante para empresa.