• Appo Defende Ponderação No Afastamento De Combustíveis Fósseis


    "Os países membros da APPO não estão contra a transição energética ou quaisquer outras políticas vocacionadas para minorar os efeitos estufa", defendeu, esta sexta-feira, 4 de Novembro, o presidente da Organização, Diamantino Azevedo, tendo acrescentado que "pelo contrário, a nossa posição é orientada ao combate à pobreza energética no continente africano, onde milhões de pessoas não têm acesso à energia tradicional e tão pouco à moderna".

    Segundo ainda Diamantino Azevedo, "a velocidade com que algumas potências mundiais pretendem implementar o afastamento dos combustíveis fósseis poderá resultar num suicídio para o desenvolvimento dos povos e nações de África, caso seja adoptada pelos potenciais produtores africanos de petróleo e gás”.

    O presidente da APPO convida, por isso, o mundo a avaliar e compreender a situação do continente africano e canalizarem apoios para reduzir a pobreza geral e (pobreza) energética que afectam o continente, "com base numa transição energética justa, que tenha em conta as condições reais de África e de cada país em particular".

    Depois de expressar os agradecimentos do Governo angolano pelo desempenho da organização durante os 35 anos de existência, o também ministro angolano dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás convidou o mundo a avaliar e compreender a real situação do continente africano, tendo agradecido o apoio para pôr fim à pobreza geral e energética que afecta o continente, com base numa transição energética justa.

    "Nós africanos precisamos contar com nossos peritos para executar nossas operações de petróleo e gás para execução dos projectos”, enfatizou o governante.A reforma da APPO que resultou na criação de um Secretariado-Geral, mereceu a apreciação do seu Presidente. "Cabe ao Secretariado-Geral a responsabilidade de desencadear uma campanha de difusão da Organização, para que as nossas posições sejam claramente levadas ao conhecimento, quer dos países africanos não membros da APPO, bem como do mundo em geral, tendo em vista a promoção da união dos Estados africanos na resolução dos seus problemas”, avançou Diamantino Azevedo.

    O governante acrescento que a presença de importantes individualidades do Governo de Angola, da Assembleia Nacional, do Corpo diplomático acreditado em Angola, das companhias Nacionais e Internacionais de petróleo e gás bem como dos representantes de todos os Estados Membros da APPO, demonstra a importância que os Governos atribuem à Organização.O Ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, procedeu, em representação do Presidente da República de Angola, odiscurso de abertura, na presença de delegações de 18 países africanos produtores de petróleo, depurados à Assembleia Nacional, auxiliares do Titular do Poder Executivo, entre outros convidados.