• ANPG E TOTALENERGIES "MARCAM PASSO" PARA PROJECTO KAMINHO


    A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), a TotalEnergies e os parceiros do Bloco 20 (Sonangol e PETRONAS) assinalaram, nesta sexta-feira, dia 29, o início oficial das actividades de fabricação, em Angola, de módulos destinados ao FPSO Kaminho — unidade central do primeiro desenvolvimento da Bacia do Kwanza em águas profundas — com a realização da cerimónia do “Primeiro Corte de Aço”, no Estaleiro da Petromar, localizado no município do Ambriz, província do Bengo.

    As actividades envolvem a produção de mais de 5.500 toneladas de módulos para os pacotes FPSO e SURF, com uma estimativa superior a 1,2 milhão de horas de trabalho, asseguradas por 94% de mão-de-obra qualificada angolana. O projecto inclui o fabrico de doze âncoras verticais de sucção, com 170 toneladas e 24 metros de altura cada, além de um protector das linhas de fluxo para a Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Descarregamento (FPSO), com 80 metros de comprimento.

    O evento foi presidido pelo Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, e pelo Vice-Governador da Província do Bengo para a Área Social, Dr. José Bartolomeu Pedro. Para o Ministro, a cerimónia do “Primeiro Corte de Aço” representa uma viragem estratégica para a indústria petrolífera nacional.

    “Este é o primeiro desenvolvimento offshore na Bacia do Kwanza, uma área que, apesar dos desafios enfrentados, revela agora um futuro promissor. É a prova de que as reformas fiscais, legais e a flexibilidade contratual que implementámos estão a produzir resultados. Temos vindo a construir um ambiente de negócios cada vez mais atractivo e seguro para o investimento privado, visando não apenas a reposição de reservas e a mitigação do declínio da produção, mas também a promoção de um conteúdo local robusto”, salientou.

    O Administrador Executivo da ANPG, Artur Custódio, que discursou em representação do Presidente do Conselho de Administração, agradeceu o empenho dos parceiros e, em especial, dos trabalhadores:

    “Este é um projecto histórico para a indústria petrolífera angolana. Beneficiará o País de forma geral e, em particular, serão desenvolvidos projectos sociais que contribuirão para a melhoria das condições de vida das populações. O nosso apelo é no sentido de manterem as medidas de segurança e alcançarem a meta de zero incidentes”, referiu.

    Martin Deffontaines, Director-Geral da TotalEnergies Angola, manifestou a satisfação da empresa com o início das actividades de fabricação dos módulos do Projecto Kaminho em Angola, envolvendo a Petromar — um estaleiro histórico que opera no país há mais de quatro décadas, com reconhecida competência em execução e segurança:

    “A TotalEnergies orgulha-se de estar ao lado do País em cada etapa da sua jornada como parceiro energético e social. Empresas, profissionais e recursos angolanos desempenharão um papel significativo na fabricação e produção do Kaminho. Isso reflecte, neste ano em que se celebram os 50 anos de independência, o nosso compromisso de longa data com o conteúdo local e com o crescimento sustentável de Angola”, afirmou.

    Com o objectivo de produzir 70.000 barris por dia, a Decisão Final de Investimento, no valor de 6 mil milhões de dólares norte-americanos, foi tomada em Maio de 2024. O projecto evitará a emissão de cerca de 8 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO₂) ao longo da sua vida útil, demonstrando um firme compromisso com a redução do impacto ambiental, enquanto assegura a produção de recursos energéticos essenciais.

    A TotalEnergies, como operadora, detém 40% do projecto. As parceiras PETRONAS e Sonangol possuem, respectivamente, 40% e 20%.