A probabilidade de Angola vender petróleo à Zâmbia baixaria os preços dos combustíveis naquele país, reconheceu o seu Ministro da Energia, Peter Kapala, à saída de um encontro que manteve com o Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, esta quinta-feira, na sede da Sonangol, em Luanda.

O Governante zambiano confirmou que o preço dos combustíveis no seu país é muito alto, tendo manifestado o seu interesse no aprofundamento do estudo em curso sobre a viabilidade da implementação de um pipeline para ligar os dois países. "O transporte dos derivados de petróleo por via de um oleoduto seria vantajoso para a Zâmbia`, disse. Por sua vez, Diamantino Azevedo sublinhou que "ainda estamos na fase de estudos.

Já foram feitos estudos preliminares e agora estamos a aprofundá-los e a avaliar os aspectos económicos, ambientais para podermos tomar a decisão final de investimentos”. De acordo com o Governante angolano, existe apenas uma probabilidade de construção do oleoduto.

Concluiu que, numa primeira fase, o pipeline ligaria Angola e Zâmbia, mas poderia ser ramificado para outros países da região, pois trata-se de "um investimento estratégico no sentido de se criar um mercado intra-africano que proteja e desenvolva o continente”.

Esta infra-estrutura transnacional seria custeado pelos dois Estados. A abordagem sobre exportação de derivados de petróleo de Angola para Zâmbia iniciou em 2019 quando uma delegação angolana visitou Lusaca.

Devido à pandemia da Covid 19, o tratamento técnico ora retomado tinha sofrido um interregno. No encontro, Diamantino Azevedo fez-se acompanhar pelo Secretário de Estado do Petróleo e Gás, José Barroso, o Secretário de Estado dos Recursos Minerais, Jânio corrêa Victor, o Embaixador de Angola na Zâmbia, Xavier Azevedo, o PCA da Sonangol, Garpar Martins, Administradores desta empresa e quadros do MIREMPET. Fizeram parte da delegação zambiana o Embaixador daquele país em Angola, Lawrence Chilungumana, funcionários do Governo e representantes do Sector Privado.