• ANGOLA ALCANÇA PRODUÇÃO HISTÓRICA DE DIAMANTES E PROJECTA AVANÇO EM OUTROS MINERAIS


    A informação foi prestada pelo Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, à margem da cerimónia de lançamento da Conferência Internacional de Minas de Angola, que aconteceu a 10 de Julho, em Luanda.

    Diamantino Azevedo destacou que, em 2024, o país atingiu a maior produção de diamantes da sua história, ultrapassando os 14 milhões de quilates, meta estabelecida no início do segundo mandato do Presidente João Lourenço.

    "Mesmo com os desafios provocados pela queda do preço dos diamantes e pela concorrência dos diamantes sintéticos, conseguimos atingir um marco histórico na produção diamantífera", ressaltou o Ministro, sublinhando que o Sector se mantém resiliente.

    Entre os avanços referidos, o governante mencionou o início da produção de cobre, na província do Uíge - a primeira vez que Angola irá explorar este recurso desde a independência -, a aposta em novos projectos mineiros, como o de nióbio, e "o ritmo positivo" na produção de mármores, granitos, minério de ferro e manganês.

    Durante a entrevista, o governante reconheceu que a produção de ouro ainda não atingiu os níveis desejados, mas assegurou que há várias empresas em fase de prospecção e que o cenário deverá melhorar nos próximos anos. Diamantino Azevedo anunciou ainda que estão em curso medidas de valorização dos recursos minerais, como a proibição da exportação de quartzo bruto, promovendo a sua transformação local.

    “Já temos uma fábrica de transformação em funcionamento. Isso é fundamental para agregar valor e criar mais empregos”, explicou.

    Ao ser questionado sobre os efeitos sociais da mineração, o Titular do Sector destacou a geração de empregos indirectos e o estímulo à cadeia de fornecimento e serviços logísticos. "Muitas vezes olhamos apenas para os indicadores principais, mas a mineração também impulsiona a economia em várias frentes, desde a venda de equipamentos até os serviços de alimentação", afirmou.

    Por fim, o Ministro reconheceu a volatilidade dos mercados internacionais, mas reforçou a confiança na sustentabilidade do sector. "Estamos numa indústria sujeita a variações de preço, mas estamos preparados para garantir a continuidade e o crescimento."