O Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo reuniu esta terça-feira, 10, com o Ministro Sul-africano dos Recursos Minerais e Energia, Gwede Maantashe, à margem do Indaba Mining, em Cape Town.
No final do encontro, Diamantino Azevedo disse que foi analisada a possibilidade de melhorar a relação intra África a nível de todos os recursos minerais, principalmente o aspecto de se aumentar o beneficiamento e a transformação dos minerais e, cada vez, exportar menos matéria prima para fora dos dois países.
"Falámos da necessidade de maior trabalho entre os nossos serviços geológicos, abordámos sobre a formação de especialistas de geociências, usando toda a experiência e instituições que a África do Sul tem. Tendo em conta os aspectos actuais, analisámos a situação específica dos diamantes, referentes aos diamantes sintéticos. Nós, como países produtores de diamante natural, estamos preocupados com essa situação e traçámos um plano de acção para atacarmos esse aspecto também”, garantiu.
Gwede Mantashe falou sobre a necessidade de os países africanos incrementarem o comércio dos produtos minerais, "porque estamos a comercializar mais com os ex-colonizadores do que entre nós".
"Angola tem um elevado potencial e experiência no sector petrolífero e a África do Sul no sector mineiro. É sempre uma oportunidade de falarmos sobre aspectos comuns e trocarmos experiencias”, avançou o Ministro Sul-africano.
Neste segundo dia de participação de Angola no Indaba Mining, Diamantino Azevedo recebeu também o responsável da Angloamerican em Angola, Richard Morgan, que afirmou ter sido "uma boa troca de ideias”. "Temos equipa de descoberta em Angola e discutimos o que estamos a realizar em termos de actividade de exploração. Para garantir, é a primeira operação no país e tudo corre bem”, disse.
Para o governante angolano o encontro com a Angloamerican serviu para passar em revista o trabalho que tem feito em Angola, desde que foi assinado o contrato com esta empresa, para prospecção de metais básicos.
"Tivemos a oprtunidade de verificar que o trabalho prossegue, que as condições melhoraram. Portanto, é um trabalho de prospecção de raíz. É preciso tempo para a maturação desta actividade”, sublinhou.
O Ministro disse também que teve a oportunidade de trabalhar com a empresa Rio Tinto, que também está em Angola, e, acrescentou, "verificarmos agora a possibilidade de investirem na prospecção de lítio, para além dos diamantes, bem como cooperar mais nos aspectos de marketing e de diamantes.
Manteve ainda um encontro com o ministro dos recursos minerais da Arábia Saudita que serviu para analisar as possibilidades de cooperação a nível dos recursos minerais entre os dois países, bem como avaliar o potencial de cada país e poderem, no futuro, abordar com mais profundidade esse relacionamento.
A agenda de hoje da delegação angolana foi ainda marcada com uma audiência concedida pelo Chefe da delegação ao Director de Exploração da empresa Glencore, Frank Santaguida, que se mostrou interessado na pesquisa e exploração de zinco, cobre, níquel e prevê visitar Angola em Julho ou Agosto deste ano, para iniciar uma relação com o sector mineiro angolano.