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Nacional
30 Maio de 2023

NAMIBE E HUILA GANHAM MAIS 25 MW DA SOLENOVA

Central fotovoltaica atende as capitais das duas províncias e a energia pode estender-se ao Tômbua.

As duas províncias do sul de Angola têm a rede de fornecimento de energia eléctrica reforçada com mais 25 MW produzidos pela Central Fotovoltaica de Caraculo (Namibe), cuja inauguração da primeira fase acontece esta terça, 30 de Maio. 

O projecto de geração de energia fotovoltaica de Caraculo é um projecto conjunto entre a Sonangol e a Eni (através da Solenova), injectando na rede pública (Namibe e Huila) 25 MW de energia. 

Para a inauguração foram convidados os Ministros Diamantino Azevedo (MIREMPET) e João Baptista Borges (MINEA), na presença do governador do Namibe Archer Mangueira e responsáveis da Sonangol, ENI (Solenova), de um lado e da PRODEL, RNT e ENDE. 

O Director Geral da Solenova, Jaime Luzolo, apresentou o projecto da Central Fotovoltaica de Caraculo. 

Área tem 165 hectares e o projecto da primeira fase implementado em 33 ha. Instalados 46 mil painéis bifaciais e móveis (em direcção à erradicação solar). A produção iniciou em Março 2023. 

Proporciona redução de consumo de diesel em 18000m³/ano ou 400.000m³ em 24 anos e redução de gases de efeito estufa em cerca de 50ktCO² eq/ano. Está prevista a realização da segunda fase para a produção dos restantes 25 MW, totalizado os 50MW do projecto. Os trabalhos tiveram o seu início em Junho de 2022, tendo terminado no mês de Abril do corrente ano. 

Na sua intervenção, Archer Mangeira Apelou à Solenova que não tardem responsabilidade social como água e electrificação para as populações à volta do projecto. Pediu ao povo que é preciso ajudar e preservar o projecto para que dele continue a depender a sustentabilidade económica do Namibe, trazendo empresas e estas criando empregos. 

O Ministro Diamantino Azevedo disse durante a inauguração, que "o acto marca passo muito importante da Sonangol rumo à sua transformação de petrolífera em empresa de energia, seguindo o passo de suas congéneres internacionais". Fez-se casamento entre a tecnologia e o sol. 

"Esperamos que todas energias do sector petrolífero contribuam na captação de investimentos para se materializar a meta de termos, até 2025, 70% de energias limpas na nossa matriz energética. Vamos construir no Namibe uma siderurgia e um Pólo de tratamento de rochas ornamentais que vão fazer surgir outras pequenas iniciativas empresariais, criando trabalho para os namibenses e angolanos em geral”, concluiu o governante. 

Por sua vez João Baptista Borges reconheceu ser a primeira parceria público-privada no domínio das energias renovadas. "É um excelente projecto" e marca utilização de fontes limpas e baratas, conduzindo-nos à poupança de combustíveis". 

"Finalmente chegamos à meta. Temos a central pronta a injectar na rede de energia de fonte renovável e para uso das populações e empresas", defendeu Sebastião Martins, Presidente do Conselho de Administração da Sonangol. Queremos entregar mais e melhor energia ao mercado e queremos que esse seja um marco para novas oportunidades de implementação e comunicação entre os sectores públicos e privados com vista a futuros sustentáveis. É um projecto primogénito que permitiu testar a busca de boas oportunidades e o potencial existente no sul de Angola. Rematou o PCA. 

Rui Gourgel, PCA da RNT, afirmou que a Sonangol foi a primeira entidade que pensou fora de caixa, desde que se pensou em produzir energia com parcerias público-privadas. Objectivo é melhorar a distribuição, fazendo com que a população sinta os efeitos positivos destes investimentos. 

Anunciou que anualmente são gastos 140 milhões de litros de gasóleo para fornecimento de energias às províncias do Namibe e Huila. 

"Reconhecemos a necessidade de reduzir a poluição e contribuir na descarbonização, o que passa pela produção de energia a partir de fontes renováveis. Vamos empenhar-nos na materialização da segunda fase do projecto”, finalizou Adriano Monjini, PCA da AzulEnergy.


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