O Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás (MIREMPET) e o Ministério da Agricultura e Florestas (MINAGRIF) realizaram, esta terça-feira, 8, no Auditório Albina Assis, um workshop sobre a utilidade dos agrominerais. 

O evento decorreu sob o lema "Agromineraias: O caminho para a Sustentabilidade Agrícola". 

O Ministro Diamantino Azevedo procedeu a abertura. Na ocasião, disse "que a meta do Sector que dirige é contribuir para a auto-suficiência de fertilizantes em Angola e considera que o país tem todas as condições para que, a médio e longo prazos, deixe de importar estes minérios”, acrescentando que "existem indicadores, em termos de minerais úteis para melhorar a eficiência e produtividade na agricultura, acrescentando que se pretende contribuir para a auto-suficiência em fertilizante no nosso país”. 

No workshop foram apresentados, um painel informativo sobre a cartografia nacional dos agrominerais. Em mesa-redonda, analisou-se o quadro regulatório em Angola e as questões de formação para apoiar o desenvolvimento sustentável da cadeia produtiva dos agrominerais, financiamentos, investimentos e ambiente de negócios. 

No encerramento, o Secretário de Estado para Agricultura e Pecuária, João Manuel Bartolomeu da Cunha, em representação do Ministro do MINAGRIF, disse que o workshop permitiu uma reflexão sobre a importância da utilização dos agrominerais na agricultura a um nível mais elevado, considerando como uma linha de continuidade de uma outra, realizada em 2021, que foi objecto de um Memorando de reflexão a nível de Ministros da Agricultura e Florestas e dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás sobre o calcário na agricultura. 

"O referido Memorando terá igualmente contribuído no alargamento da nossa visão com o levantamento realizado pelo Instituto Geológico de Angola (IGEO), sobre as enormes potencialidades de que o país dispõe de jazidas de calcário no território nacional e as empresas que já realizam algumas actividades de exploração e comercialização de calcário, de correcção de solos ácidos em empresas agrícolas e em explorações agrícolas familiares com a correcção da acidez feita com apoio do Instituto de Investigação Agronómica (ITA) e o Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA)” destacou o Secretário de Estado. 

João Manuel da Cunha informou que existe uma cartografia elaborada e classificada, segundo a base referencial mundial da classificação dos solos que mostra com "elevada" probabilidade de ocorrência de acidez em seis (6) importantes grupos de solos de Angola como os agrissolos, alissolos, cambissolos, ferrissolos, latossolos e nitissolos nas zonas centro e sul do país. 

O workshop congregou entidades dos sectores Mineiro e Petrolífero, da Agricultura e Florestas, representantes de empresas que operam nestes sectores e académicos.