"Angola está aberta ao investimento estrangeiro. Oferecemos termos e condições contratuais e fiscais justas e competitivas, defendendo uma relação "ganha-ganha” para todos aqueles que desejam investir no nosso país. Todos vocês são bem-vindos para vir a Angola e ver por vós mesmos”.
A declaração foi feita, esta terça-feira, 5, pelo Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, ao discursar na sessão de abertura do segundo dia da Conferência "Semana Africana de Energia (AEW, sigla em inglês), em Cape Town, África do Sul, tendo garantido que "Angola está comprometida com a transparência em todas as nossas actividades extractivas, razão pela qual aderiu à ITIE (Iniciativa de Transparência na Indústria Extractiva) e, recentemente, apresentou o seu segundo relatório”.
O governante destacou o empenho do país em promover as melhores práticas na redução de emissões na produção de hidrocarbonetos. "Apraz-me poder dizer que os nossos operadores reagiram positivamente a esta situação e estão a reduzir as emissões passo a passo” referiu, destacando a Azule Energy, uma das operadoras que está atualmente a construir o FPSO Agogo, planejado para ser o primeiro navio FPSO verde do mundo que incorporará capacidades de captura e armazenamento de carbono (CCS) com o objetivo de reduzir significativamente a quantidade de CO2 emitida.
"Algumas medidas terão um efeito a longo prazo, como o desenvolvimento do Projecto Kaminho pela TotalEnergies e seus parceiros e actividades na Bacia do Namibe, no sul de Angola, onde a ExxonMobil está a executar o seu primeiro poço de exploração. Acreditamos que um sector de petróleo e gás saudável em Angola é bom para o desenvolvimento socioeconómico sustentável, bem como para a segurança energética global”, disse o Ministro.
Diamantino Azevedo falou também sobre o "Plano Director do Gás Natural” que o Governo está a concluir para definir as bases para alavancar o potencial dos recursos de gás natural de Angola, de forma a garantir a criação de empregos e a geração de receitas para o Estado e desenvolvimento socioeconómico do país. Reafirmou ainda o compromisso do Executivo angolano com a transição energética, mencionando a necessidade de se continuar e explorar o petróleo e gás, "de forma responsável” para benefício dos angolanos, tendo em conta a realidade socioeconómica.
"O Governo angolano tem trabalhado incansavelmente para estabelecer um ambiente regulatório atractivo e globalmente competitivo, estabelecendo políticas e regimes fiscais orientados para o mercado”, informou o governante, acrescentando que "os esforços têm sido dirigidos principalmente para o crescimento da indústria petrolífera, mas com o objectivo final de criar riqueza e prosperidade para todos os angolanos”.
A AEW é um evento anual da Câmara Africana de Energia que reúne líderes africanos de energia, investidores globais e executivos de todo o sector público e privado sobre o futuro da indústria energética africana e promover o papel que a África desempenha nas questões globais de energia, centrado no diálogo e na tomada de decisões lideradas pelo continente. Este ano decorre, de 4 a 8 de Novembro, sob o lema "Crescimento Energético através de um Ambiente Favorável”.