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Petróleo e Gás
01 Setembro de 2023

BLOCO KON11: SONANGOL INICIA PERFURAÇÃO DO POÇO EM TERRA

Sonangol prepara-se para explorar petróleo no poço Tobias 13, na Bacia do Kwanza, na localidade de Cabo Ledo, em Luanda.

A perfuração do poço petrolífero em terra (onshore) da Sonangol, na bacia do Kwanza, inicia dentro de uma semana, período previsto para a conclusão da instalação da sonda perfuradora, anunciou o presidente da Comissão Executiva (PCE) da Unidade de Negócios, Exploração e Produção da Sonangol, Ricardo Van-Deste. Esta sexta-feira 01 de 09. 

A instalação, que se encontra a 95% de execução física, marca a reinício da produção de petróleo e gás natural na Bacia Terrestre do Kwanza. A retoma da exploração do crude no denominado "Poço Tobias-13" surge 27 anos depois da desactivação das operações petrolífer em 1996. 

Fruto da retoma da actividade petrolífera nessa localidade, estima-se que no reservatório desse Poço tenha 66 milhões de barris de petróleo leve, numa profundidade de cerca de 750 metros, segundo PCE Ricardo Van Deste, presidente disse que do ponto de vista técnico, ``temos aqui a perfuração do primeiro poço na zona terrestre da bacia do Kwanza, cuja finalidade é testar o potencial do campo Tobias. 

De acordo com o responsável, a perfuração do Tobias-13 tem como finalidade testar o potencial deste reservatório, que vai relançar a actividade de exploração e produção em onshore da Sonangol. 
Com base nos resultados desse poço, avançou, vai seguir-se o processo de avaliação do conceito de desenvolvimento, bem como dimensionar as instalações de produção. 

O PCE referiu que o reinício das operações no Tobias enquadra-se na estratégia de exploração e produção da Sonangol, a ser desenvolvido até 2027. Afirmou ainda que essa estratégia inclui, igualmente, a valorização e o desenvolvimento do capital humano, sendo que a operação do poço vai servir de oportunidade para os técnicos juniores e seniores nacionais desenvolverem as actividades de avaliação e planificação do reservatório. 

Por sua vez o Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás Diamantino Azevedo, realçou que no reinício da actividade petrolífera na bacia terrestre do Kwanza, temos neste campo 2 e no outro as condições criadas para o início da actividade de perfuração. 

Vamos esperar que decorra com êxito e que se encontre petróleo suficiente em quantidade e qualidade para contribuir na produção de petróleo do país. ``Estamos a trabalhar em quase todas as bacias interiores onde existe potencial para a existência de hidrocarbonetos`` defendeu Diamantino Azevedo. 

``Temos tido solicitações, não só para operadores, mas também para parceiros financeiros. É assim que neste momento decorre mais uma licitação, essa estratégia tem um horizonte até 2025 e prevemos licitar mais de 50 blocos. 

Está neste momento a decorrer mais uma licitação, em Setembro, a altura em que os interessados deverão fazer as suas ofertas, uma licitação de 12 blocos onshore para incluir também nesta bacia terrestre do Kwanza``, rematou o Ministro. 

O presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Sebastião Martins, disse que, caso a perfuração do Tobias tenha resultados positivos, a petrolífera poderá aumentar a sua capacidade de produção de petróleo e gás para o país. 

Segundo o gestor, todas as condições humanas e logísticas estão criadas para o início da perfuração, dentro de uma semana, faltando apenas ensaiar ou testar alguns equipamentos. 

Considerou que perfurar em terra é muito mais barato do que no mar, em função da especificidade de cada operação. Para Sebastião Martins, a perfuração do Tobias representa uma contribuição valiosa no relançamento da produção petrolífera em onshore em Angola, facto que irá dinamizar e mobilizar operações conexas, dando oportunidade de trabalho aos mais jovens. 

Quanto à protecção do meio ambiente, referiu que antes do início das operações nessa localidade, fez-se o estudo de impacto ambiental, para que se evite danos ao Parque de Quissama. "Sempre que se realiza uma operação numa determinada zona, a Sonangol cria as condições necessárias para garantir a protecção do meio ambiente”, esclareceu. 

Assegurou que, para além do Poço Tobias-13, instalada numa área de trabalho de 100 metros quadrados, a Sonangol também já está a preparar um segundo reservatório na mesma localidade, para explorar petróleo e gás em terra. 

Para além da Sonangol Pesquisa e Produção (30%), na qualidade de operador, o consórcio responsável pela execução das operações desse Bloco é constituído pelas empresas Brites Oil & Gás, com 25%, Grupo Simples Oil e Atlas Petroleum Exploration Worldwide, que detêm 20% cada, assim como a Ómega Risk Solutions Angola, com 5%, respectivamente.


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