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Internacional
21 Dezembro de 2023 | 13h12

ANGOLA SAI DA OPEP

Última quota da OPEP e necessidade de concentração interna na origem.

A decisão foi tomada esta quinta-feira, 21 de Dezembro, pelo Executivo Angola. O Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás Diamantino Azevedo, fez o anúncio, à margem da 10ª Reunião Ordinária do Conselho de Ministros.

Diamantino Azevedo informou que "os últimos seis anos foram caracterizados por uma participação activa do país na organização, tendo feito propostas para que a organização pudesse incluir no seu seio outras dimensões. Chegou o momento de concentrarmos as nossas estratégias, objectivos e metas para o nosso sector de hidrocarbonetos, "deixarmos a organização para que essa continue o seu percurso, que tem sido importante para a estabilidade dos preços no mercado internacional”.

Disse ter-se tratado de "uma decisão de um país soberano que entrou de forma voluntária” e que, (tempos depois) "chegou o momento de nos concentrarmos mais nos nossos objectivos e metas” para o sector de hidrocarbonetos.  

"Nós somos um país que quando estamos presentes em qualquer organização gostamos de estar lá para contribuir com resultados que sirvam os nossos interesses”, sublinhou em entrevista colectiva aos media.

O governante reiterou que "não retira o respeito pela organização” e tudo será feito para implementar a estratégia de exploração e produção de petróleo para a transformação e adaptação do sector de hidrocarboneto à transição energética, que obriga um esforço suplementar e continuar a competividade da indústria no país.

O Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás acrescentou que a OPEP se dedica, quase que exclusivamente, a aspectos referentes à estabilização do mercado, sendo que os mecanismos que se usam para este contributo dos preços de petróleo passam também por determinar as cotas de produção para os países membros. 

"Mais cedo ou mais tarde, Angola seria obrigada a cortar a produção e isto vai em contramão com os nossos objetivos de lutar contra o declínio natural, de estabilizar a produção, o que demanda continuarmos a melhorar a nossa legislação, o ambiente de negócios e continuar com a estabilidade contratual, que tem sido marca da indústria de petróleo já há bastantes anos”, concluiu.

Já em Janeiro de 2021, o Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás avançava que "...também somos patriotas. Se sentirmos que a nossa presença na OPEP é prejudicial ao país, somos patriotas o suficiente para sair".


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