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Recursos Minerais
07 Fevereiro de 2024

ANGOLA E BOTSWANA PROCURAM COOPERAÇÃO NOS DIAMANTES E PETRÓLEO

Possibilidade de cooperação do domínio da exploração e mineração de diamantes e actividade petrolífera, essencialmente no campo da refinação.

À margem da participação no Mining Indaba, o Ministro Diamantino Azevedo recebeu em audiência o seu homólogo do Botswana, Lefoco Moagi, com quem abordou a possibilidade de incrementar a cooperação do domínio da exploração e mineração de diamantes, busca de posição comum em relação à certificação de diamantes brutos, tendo em conta a posição do G7, e ainda a possibilidade de o Botswana entrar como accionista na Refinaria do Lobito.

À saída da reunião e em jeito de balanço das demais audiências, o governante explicou que foram abordados aspectos ligados à cooperação bilateral entre o Botswana e a Angola a nível da indústria extractiva. Depois de apresentado o projecto da Refinaria do Lobito, " analisámos a possibilidade de cooperação a nível da actividade petrolífera, essencialmente no campo da refinação e abordámos também aspectos de cooperação a nível da indústria diamantífera, visto que  os dois países estão entre os maiores produtores de diamantes do mundo". 

O Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás avançou que pode haver uma cooperação maior entre os dois países, ao que sugeriu ao homólogo "uma cooperação ao nível empresarial (Endiama e congénere do Botswana) e olhar conjuntamente, com maior atenção à actual proposta do grupo G7 relativamente às sanções de diamantes russos que, a serem executadas como previsto, afetarão também a indústria diamantífera dos nossos dois países". 

Segundo Diamantino Azevedo os dois países trabalharão em conjunto "para fazermos ouvir as nossas vozes e podermos evitar que essas medidas afetem a nossa actividade na indústria diamantífera".

 Ainda sobre o Sobre o Processo Kimberley, o Ministro referiu que manteve, igualmente, um encontro com os responsáveis internacionais deste mecanismo internacional de certificação de diamantes, e tendo com eles abordado, vis-vias,  todas as questões relacionadas com este sistema de certificação, quanto à actual situação de sanções do grupo G7 em relação aos diamantes russos e à empresa russa de diamantes.

Por parte de grandes e média mineradoras, Diamantino Azevedo que no Angolan Mineral Business Forum, realizado terça-feira, 6, fez um veemente apelo para que "sigam para Angola", disse ter recebido depois do evento e nas audiências concedidas promessas de grandes empresas e também de empresas médias. "Agora é tudo uma questão de continuarmos a trabalhar. É um processo que demora seu tempo, pois 
quando essas empresas vão a um país, fazem uma análise bastante profunda, tanto do potencial geológico, da infraestrutura geológica, do ambiente de negócios, da legislação, da estabilidade contratual e outros quesitos", explicou, acrescentando que Angola vai continuar nesta senda de mostrar aos investidores que pretendemos atrair para o país que temos estabilidade política, potencial geológico e actividade mineira fora do diamante e petróleo e, cima de tudo, temos estabilidade contratual.

O INDABA-2024 prossegue até quinta-feira, 8 de Fevereiro, na cidade do Cabo.


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